Por Eduardo Yabusaki
De modo geral, observo que adolescentes, adultos-jovens e pessoas maduras têm vivido buscas e desencontros amorosos que se refletem em decepção, mágoa e solidão: em síntese, sofrimento.
Essas pessoas vivem uma busca por alguém sem saber muito bem o que querem. Na prática, não levam em consideração suas expectativas sobre com quem gostariam de estar ou mesmo seus anseios emocionais. Em consequência, o apaixonar-se deixa de ser considerado algo importante e se transforma em um sentimento a ser evitado. Que sentido é esse em que viver sentimentos intensos e verdadeiros, tornam-se sinônimos de exposição e risco e não um privilégio? Já que são sentimentos nobres e puros inerentes à natureza humana. Assim a paixão passa a ser vista como sinal de imaturidade e fragilidade.
Autopunição
Que realidade é essa que promove tamanha distorção? Dessa forma ocorre certa autopunição ao se cercear o prazer e, acima de tudo, a completude por viver o apaixonamento por outra pessoa. Ao deixar de ser vivida, pula-se uma construtiva e prazerosa etapa da relação amorosa.
Por mais que se passe a ideia de que a paixão seja ultrapassada, não tema em buscar alguém movido pelos seus intensos sentimentos. Para manifestar seus sentimentos mais intensos e verdadeiros, não tenha receio de sentir-se ridículo ou exposto, de parecer piegas… Acredite sim que mostrará o que tem de mais precioso e verdadeiro dentro de você.
A intensidade da paixão não dá só sentido ao relacionamento, mas principalmente à construção afetiva, emocional, sexual e amorosa. Viver isso tudo com intensidade e serenidade é que nos dá sentido de vida no que se refere à vida a dois.
Diria que em termos de relacionamento: amar é preciso, apaixonar-se e namorar mais ainda!