Por Marta Relvas
O ambiente escolar e a família são junções fundamentais para o sucesso da vida acadêmica e emocional do estudante na experiência escolar. O principal no processo entre a razão e paixão pela escola é que educadores estimulem os sonhos de seus estudantes e os ajudem a transformá-los em metas, pois, não é apenas o de transferir conteúdos, pois, para uma aprendizagem ser significativa, precisa passar pelo sentimento afetivo. O conhecimento é um processo a ser construído ao longo da vida, processo de autorregulagem e autoajustes do cérebro.
Os estudantes aprendem de formas diferentes e, por isso, uma única metodologia não é o ideal para todos e se faz imprescindível aplicar diversas abordagens de aprendizagem a serem utilizadas de acordo com a necessidade de cada um deles. Aprender exige necessariamente planejar novas maneiras de solucionar desafios, atividades que estimulem diferentes áreas cerebrais a trabalhar com máxima capacidade de eficiência.
Cérebro emocional da razão
Os educadores são os “fazedores” das conexões dos circuitos neurais dos educandos, para refletir, calcular, dialogar, ler, interpretar, conviver, lidar com os conflitos e frustrações, pois despertar as inteligências é sentir, pensar, exercer o afeto, compreender as emoções e agir com o cérebro emocional da razão para tomada de decisões.
Nós, humanos, temos um cérebro com estruturas cognitivas evoluídas, possuímos um neocórtex que nos dá a propriedade de pensar, sentir, fazer dois hemisférios cerebrais separados, que se complementam. Quando estimulados, elaboram comandos e respostas por meio dos circuitos neurais.
“Desafiar” o cérebro dos nossos educandos é favorecer uma aprendizagem criativa. E o melhor espaço para o desenvolvimento desses desafios é a sala de aula. Nela, aprende-se a pensar, relacionar, viver, conviver, buscar soluções para problemas cotidianos, crescimento intelectual, além de poder “brincar” de faz-de-conta, aprendendo a sonhar com o futuro profissional e pessoal, construindo responsabilidades familiares, enfim, os desejos humanos, sem negligenciar os conteúdos programáticos que deverão ser envolvidos para o contexto da vida.