por Anette Lewin
"Sou uma menina de 17 anos, sou um pouco tímida pra paquerar, mas se eu for conversando, rindo, passa.. (rs). Estou pensando em chamar um garoto do meu colégio pra conversar e depois dizer: "vou te dar um beijo, se você não gostar devolve.'' (rs). Então, faço isso ou não? Queria um namoradinho, pois sou tranquila, carinhosa e independente. Uma relação legal, cheia de risadas iria dar leveza à minha vida."
Resposta: O mais importante em qualquer relacionamento ou troca humana é a autenticidade. Seu jeito de paquerar deve "combinar" com o seu jeito de ser. Você se descreve como uma pessoa um pouco tímida.
Será que uma pessoa assim "roubaria" um beijo?
Vamos pensar juntas: uma pessoa que se apresenta com esse nível de ousadia, transmite uma impressão inicial de extroversão, e a primeira impressão, geralmente, é a que fica. Entramos então num dilema: como você vai manter uma característica que não é sua nos próximos encontros? Difícil, não?
Não dá para chegar com todas as falas calculadas; na medida em que o relacionamento vai se aprofundando, seu verdadeiro jeito de ser vai acabar aparecendo. E aí seu parceiro pode se sentir confuso e pensar: ué, cadê aquela garota ousada da primeira vez? Problemático, não?
O jogo amoroso é como um pingue-pongue: você só pode decidir como rebater a bola no momento em que ela chegar até você. É impossível calcular jogadas com antecedência. Portanto, se você quer chegar até esse garoto, evite ficar "roubando" formas que não são suas. Use suas próprias características; use sua intuição; use sua timidez enfeitada de olhares significativos; avance um passo de cada vez e veja como ele reaje antes de dar o segundo passo. É assim que se constrói uma verdadeira relação.