por Renato Miranda
Essas dicas valem tanto para atletas como para qualquer pessoa que tenha uma jornada diária exigente
Na segunda parte desta série de textos sobre bem-estar (caracterizado pela harmonia biopsicossocial), conhecido como estado funcional do organismo para a manutenção da saúde e do desenvolvimento das atividades pessoais do dia-a- dia, escreverei sobre o segundo passo: manter sempre o bom humor. Para ler a primeira parte clique aqui.
Lembro a todos que esse estado de bem-estar no cotidiano do atleta é fundamental para que ele desenvolva suas atividades em excelente nível de rendimento. E isso serve para todos aqueles que enfrentam uma jornada diária exigente.
Quando o atleta consegue manter o bom humor, nas diversas situações do dia-a-dia, ele sente seus músculos mais fortes, seus órgãos funcionam melhor, não há espasmos cardíacos, sua respiração é mais eficiente. Mesmo em regime de competição, no qual a alta tensão emocional e o alto desgaste físico estão presentes, é preciso manter o bom humor, pois a competição deve ser encarada como divertimento.
O bom humor funciona como um elemento básico para a manutenção do otimismo perante os desafios que todo atleta se submete quase diariamente. Somente com freqüente bom humor é que se poderá encontrar a presença do otimismo, que por sua vez agirá como grande motivador. Em resumo, estar de bom humor é estar equilibrado emocionalmente.
Pode-se dizer que essa é a parte teórica desse importante passo para um bem-estar desejado no dia-a-dia do atleta e de todos nós. A parte prática funciona basicamente em promover os pré-requisitos psicofísicos para a manutenção do bom humor.
É senso comum que uma boa alimentação, exercícios físicos e uma boa noite de sono são bases para quase tudo que pretendemos atingir em termos de saúde. Mas, além disso, para manter o bom humor é necessário exercitar o comportamento frente às diversas circunstâncias diárias: desde o tradicional bom dia que damos à primeira pessoa que encontramos no treino (ou trabalho) até a maneira como estamos preparados para interpretar uma situação desagradável qualquer.
Portanto, a manutenção do bom humor depende também de ações que fazemos constantemente frente aos acontecimentos diários e elas (as ações) se forem positivas criam um mecanismo inoculador do mau humor e do sofrimento banal.
Sete dicas para manter o bom humor no dia a dia
Independentemente de acontecimentos pessoais, quando encontrar-se no ambiente de treino (trabalho), com colegas (técnicos, atletas, etc.) exercite a mais alta educação sorria e abrace as pessoas.
1. Por mais exigente que seja a modalidade esportiva o técnico não deve ser grosseiro e tampouco menosprezar o atleta.
2. Técnicos não devem xingar o atleta. O perfil do técnico brucutu está superado.
3. Atletas e técnicos devem exercitar a formalidade no tratamento pessoal. Formalidade não que dizer distanciamento ou relação pernóstica, mas, sobretudo, criar ambiente para o exercício da boa educação e respeito. O esporte já tem uma característica informal muito grande por natureza. Portanto, essa informalidade tem que ser mediada pela formalidade.
4. Quanto mais se envolverem com alegria durante os treinamentos, os atletas terão menos possibilidades de reclamar e mais chances de se sentirem recompensados.
5. Quando em tristeza, antes de qualquer reação, pense um pouco no ritmo da natureza. Nenhuma noite dura para sempre e como diz o velho dito popular, depois de cada tempestade vem a bonança.
6. Técnicos não podem perder a chance de elogiar o atleta, quando esse elogio for merecido. O elogio faz bem à alma das pessoas e gera confiança e tranqüilidade.
7. Colegas podem a todo instante, exercitar o altruísmo (se colocar no lugar do outro e oferecer tudo de bom em benefício do próximo sem quere nada em troca).
Essas dicas comportamentais permitem criar uma base sólida para o constante bom humor e este auxiliará no próximo passo: restabelecer as forças a tempo de uma nova tarefa. Mas isso é conversa para o próximo texto.