Hoje em dia, cerca de 10% da população mundial tem dificuldade para engravidar. Nos Estados Unidos, há 2,7 milhões de casais em idade reprodutiva que são inférteis. Estudos apontam que em 2025, entre 5,4 e 7,7 milhões de americanas receberão diagnóstico de infertilidade.
O cigarro é um dos grandes vilões desse drama, prejudicando inclusive os casais que já estão em tratamento de fertilização in vitro e adiando a esperada chegada do bebê.
Estudo divulgado pela Oxford University sobre o impacto do cigarro no sucesso dos tratamentos de reprodução assistida dá o alerta: quem quer ter um bebê deve parar imediatamente de fumar. O tabaco está associado à diminuição da produção de oócitos (óvulos) e ao aumento das taxas de insucesso da fertilização in vitro.
“Há estudos comprobatórios de que o fumo esteja associado, nas mulheres, a um maior risco de hemorragias, infecções da pélvis, partos prematuros e de recém-nascidos abaixo do peso normal. Com relação aos homens, o cigarro é responsável por uma relevante diminuição na contagem dos espermas, além de um aumento de espermas defeituosos”, diz a doutora Silvana Chedid, especialista em Reprodução Humana e autora do livro “Infertilidade”.
Os componentes do cigarro também costumam acelerar a perda da função reprodutiva, podendo antecipar a menopausa. Segundo a especialista, os riscos são grandes até mesmo quando somente um dos parceiros é fumante.
“O outro será bastante afetado em sua fertilidade também, já que se torna um fumante passivo. Isso sem mencionar os riscos para o bebê, principalmente se for menina. A fumaça do cigarro tem um efeito altamente prejudicial no desenvolvimento das trompas de falópio, podendo comprometer todo o sistema reprodutivo feminino quando na fase adulta.”