por Dulce Magalhães
Você já recebeu proposta de “parceria” onde não conseguiu ver que vantagem Maria leva? Vou te falar, tem cada proposta de parceria por aí que chega a ser ofensivo para quem recebe. Tem gente que faltou à aula sobre negociação ganha-ganha.
Sabe, aquela história que bom negócio é aquele que é bom pra todo mundo, pois é, nem todo mundo pensa assim. Porém, se quisermos mesmo conseguir formar e fortalecer parcerias, teremos que nos esforçar pelo sucesso de nossos parceiros.
Só assim obteremos o esforço deles para o nosso sucesso. A tal da regra de ouro, onde nos esforçamos para fazer aos outros o que desejamos para nós mesmos.
Outra situação em que esperamos uma atitude de parceiros e nem sempre somos atendidos é o tal do apoio. O pessoal diz para você assumir como síndico do condomínio que todo mundo vai te dar o maior apoio, mas na hora H, não aparece ninguém para ajudar a empurrar o bonde. Ou pode ser a liderança da paróquia, a presidência da associação, o projeto na empresa etc. E você fica se perguntando onde está todo aquele povo que te garantiu “apoio”.
Exigências do comprometimento
A verdade é que é muito fácil se colocar à disposição, entretanto a correria do dia a dia, as urgências que atropelam nossa programação e, por fim, a simples e mais elementar razão de não sermos os responsáveis diretos por determinada tarefa faz com que a gente deixe de dar apoio ou agir como parceiro para quem prometemos ajuda. É fácil falar, mas o comprometimento exige muito mais do que palavras. Exige tempo, empenho, dedicação, disposição e uma dose extra de responsabilidade.
Ninguém é obrigado a se comprometer com nada, nem com ninguém, mas somos responsáveis pelos compromissos que assumimos. Essa não é apenas uma atitude importante para reforçar nossa imagem, é também um
comportamento fundamental para consolidar relacionamentos e formar redes de sucesso. A pessoa que exercita uma verdadeira parceria, que promete apoio e cumpre, que oferece ajuda antes até de ser solicitada, essa pessoa esta desenvolvendo oportunidades para seu próprio crescimento. Na medida que sua área de experiência se amplia, você acumula mais aprendizagem, que pode levar a novos e melhores resultados de vida e carreira.
Portanto, antes de se comprometer com qualquer projeto, ideia, amigo ou situação, pense bem se realmente você poderá dar seu apoio, ser parceiro, contribuir com o processo. Leve em conta também o quanto aquela experiência é algo em que você acredita, quanto valor pode ter para você e qual sua disponibilidade para atuar na questão. Se depois de pesar todos os prós e contras, você pode decidir se quer mesmo colaborar, aí sim você pode, e deve, se comprometer.
Ligação com pessoas e não com seus projetos levam ao descompromisso
Há muitas razões pelas quais assumimos compromissos de maneira descompromissada, desde a simples vaidade até a forte ligação que temos com determinadas pessoas, mas não necessariamente com seus projetos.
Contudo, devemos refletir bem antes de oferecermos nosso apoio a alguém para fazer algo, principalmente quando sabemos que não seremos tão presentes assim. Estamos correndo o risco de macular nossa imagem, de prejudicar resultados e, o pior de tudo, de magoar ou afastar amigos queridos.
Desses amigos a gente até consegue o perdão, o difícil mesmo é se perdoar por falhar com alguém que contava contigo e com quem tantas vezes você já pôde contar. Pense o quanto é ruim necessitar de ajuda, ter recebido a promessa de apoio, estar contando com ele, mas não receber a colaboração. Muitas vezes a gente fica assim, com o pincel na mão, mas sem a escada. Se sabemos o quanto isso é desagradável, temos que nos empenhar em não deixar ninguém nessa situação.
O melhor legado que podemos deixar ao mundo é nossa credibilidade. Ser alguém que cumpre todos os compromissos que assume, alguém confiável com quem se pode contar, uma pessoa de palavra. É assim que somos vistos quando fazemos exatamente o que falamos.