Pesquisa revela os três principais motivos de briga entre casais

Da Redação

Se você acha que dinheiro, mais precisamente a falta dele, e a pouca frequência sexual são os principais motivos de conflitos dos casais brasileiros, você se enganou!

Continua após publicidade

Pesquisa realizada pelo Instituto do Casal entre os dias 17 de abril e 2 de junho, com 708 pessoas de todo o Brasil, revelou que o principal motivo das brigas na vida a dois é a falta de organização da casa e dos objetos pessoais, pelo menos para 51% dos entrevistados.

Em seguida estão a falta de diálogo e o uso excessivo do celular, com 48% e 47%, respectivamente. Em quarto lugar ficou o excesso de críticas, com 43% e, por último, a divisão injusta das tarefas domésticas, com 42%.
 
Maioria dos casais briga e nunca fez terapia de casal

E qual será a frequência dos conflitos dos casais brasileiros? Cerca de 36% dos casais têm conflitos semanais, 26% mensais e 8% diários. Apenas 30% dos entrevistados responderam que raramente tem conflitos.

Embora a maioria dos casais (70%) tenha conflitos, 85% nunca fez ou procurou terapia de casal. Mas, quando perguntados sobre quem procurariam em caso de precisar de ajuda para resolver um conflito conjugal, 45% dos entrevistados iriam procurar um terapeuta de casal e 40% um amigo. A família foi a última a ser citada como um recurso para a solução de uma briga do casal.
 
O que dizem as especialistas

Continua após publicidade

A pesquisa foi coordenada pelas psicólogas Marina Simas de Lima e Denise Miranda de Figueiredo. Para elas, foi muito interessante perceber que os resultados derrubaram alguns mitos ou até mesmo divergem de pesquisas que mostram que o dinheiro é o principal causador de desavenças na vida conjugal.

“Os resultados foram surpreendentes em alguns aspectos. Muitas pesquisas apontam que problemas financeiros são os principais motivos de conflitos. Na nossa pesquisa foi diferente. Ficamos surpresas ao saber que a falta de organização é algo que incomoda tanto os casais, ocupando o primeiro lugar no ranking e que o dinheiro não ocupou um lugar de destaque na lista”, comentam as especialistas. A pesquisa levantou 58 motivos pelos quais os casais brasileiros brigam.
 
“Em seguida vemos que não é o sexo ou mais precisamente a falta dele que mais incomoda. A pesquisa mostrou que é a falta de conexão que mais incomoda os casais, é passar mais tempo juntos e conversar. Isso ficou claro, pois a falta de diálogo e o abuso do celular aparecem em segundo e terceiro lugares no ranking. Assim, o que aprendemos com a pesquisa é que a cada dia os casais estão se afastando mais, conversando menos e deixando de dedicar um tempo precioso à relação, o que afeta a satisfação e a felicidade na vida a dois”, dizem Marina e Denise.
 
Homens e mulheres

Curiosamente, embora homens e mulheres pensem de maneira diferente, de forma geral, a pesquisa mostrou uma igualdade nas opiniões sobre os conflitos na vida a dois, mesmo quando as respostas deles e delas foram analisadas de forma separada. Mas, quando o assunto é sexo, houve diferenças importantes.

Continua após publicidade

Para metade dos homens entrevistados (50%), há conflito quando um quer sexo e o outro não. Esse número cai para 37% quando analisados as respostas das mulheres. Outro dado é sobre a divisão das tarefas domésticas. Enquanto apenas 30% deles acham a divisão injusta, 44% delas reclamam da sobrecarga de atividades em casa.
 
Quando recortados apenas os resultados das respostas dos homens, o segundo motivo de conflito, logo depois da bagunça, é quando um quer fazer sexo e o outro não. Já para elas, o segundo motivo é a falta de diálogo. “Esses dados são interessantes e corroboram que homens e mulheres costumam vivenciar o sexo de maneira diferente. Elas precisam estar bem em todos os sentidos para fazer sexo, eles, no geral, fazem sexo para ficarem bem”, encerram as especialistas.
 
A pesquisa acaba de sair e deverá ser apresentada no Congresso Brasileiro de Terapia de Casal e Família.
 

Atenção!
Este texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um psicólogo e não se caracteriza como sendo um atendimento.