por Alex Botsaris
Imagine uma forma ideal de se tratar ou de conseguir benefícios para a saúde. Esse tratamento poderia ser simples, de fácil aplicação, não depender de médicos, ser gostoso e divertido de utilizar. Ele poderia ser útil no tratamento de problemas sérios que afetam muitas pessoas na sociedade. Outro ponto fundamental, é que fosse muito barato ou gratuito, e assim acessível até aos mais pobres.
Por fim, para ser o máximo, ele poderia ter o mínimo de restrições. Ou seja, poder ser aplicado a quase todo mundo incluindo mulheres grávidas, idosos e crianças. Coisa do futuro remoto? Não, esse tratamento já existe, acreditem! É o riso: rir muito, se divertir, gargalhar bastante, se esbaldar!
Pois é, contar e escutar uma boa piada é um excelente instrumento para a saúde, como tem sido sugerido por estudos recentes. Por isso, como diz o velho ditado popular, rir é o melhor remédio. Em primeiro lugar foi demonstrado que rir é um excelente instrumento para neutralizar o estresse. Pessoas estressadas que são levadas para uma sessão de diversão, riem e se distraem, tem uma redução quase imediata do cortisol e da adrenalina no sangue. Com isso podem relaxar e evitar as conseqüências negativas do estresse continuado.
Os estudos mais consistentes têm sido os efeitos do riso sobre o efeito imunológico. Pessoas que tem o hábito de divertir-se com freqüência, possuem melhores parâmetros imunológicos que os mal-humorados. Seus linfócitos, por exemplo, são mais eficientes em destruir células cancerosas e agentes infecciosos que os dos últimos. Sabemos que a imunologia é importante no tratamento de câncer. Por isso dados epidemiológicos sugerem que portadores de câncer que mantêm o humor e costumam de divertir, enquanto em tratamento de quimioterapia, têm mais chances de se curar que aqueles que ficam deprimidos e não encontram espaço para o divertimento.
Outro aspecto onde o riso parece ajudar é na saúde cardiovascular. Rir pode contribuir para reduzir a pressão arterial e há indícios epidemiológicos que pode diminuir a incidência de infarto do miocárdio. Num estudo realizado por cardiologistas da universidade de Maryland, na cidade de Baltimore, comparou hábitos de vida de dois grupos de pessoas, um normal e o outro portador de doença isquêmica do coração (angina ou infarto). No segundo grupo foi encontrado uma diferença de 40% a menos de pessoas que relatavam gostar de rir e se divertir.
Humor e risos ainda exibem um impacto positivo na saúde mental. Pessoas que riem muito e têm hábito de se divertir sempre parecem tem menor incidência de ansiedade e depressão. Entretanto, nem todos pesquisadores concordam com esses dados. Muitos ainda são céticos e afirmam que a metodologia dos estudos não foi boa e que os resultados ainda precisam ser validados por pesquisas adicionais.
Estudiosos dos efeitos do riso na saúde identificaram que as pessoas normais costumam dar de dez a quinze risadas por dia, em diferentes momentos e por diversas razões diferentes. As pessoas podem rir porque encontraram uma pessoa querida, porque estão se divertindo com algum fato ou ainda porque estão ouvido música ou fazendo alguma coisa que gostam. às vezes as pessoas podem rir e nem notar que deram uma pequena risada, mas ela tem um efeito positivo sobre a saúde. Pessoas que não riem nunca ou dão menos de dez sorrisos por dia, começam a entrar numa faixa negativa à saúde.
Outro conselho que os especialista dão é manter o hábito de, ao menos uma vez por semana, fazer um programa de humor, como ver uma comédia, freqüentar uma roda de piadas ou se encontrar com amigos que dão boas risadas.