por Nicole Witek
Quatro a cinco litros por minuto?
Quem diria! Essa é a quantidade de ar que respiramos em situação de descanso, sem fazer nada… Quando estamos em boa saúde… A cada minuto!
Mas, é difícil imaginar que você que está lendo esse artigo consiga inspirar esse volume de ar. Como entraria todo esse ar nesses pulmões encolhidos pela suas costas abandonadas, sem tônus, caindo para frente? Onde está o espaço para deixar entrar livremente esses cinco litros de ar?
Essa postura, evidentemente, não está favorecendo uma boa respiração. A vida moderna tem um efeito estressante que acelera o ritmo e torna superficial a nossa respiração, abalando o delicado e preciso equilíbrio de nossa saúde.
Vivemos a maioria dos eventos do dia ‘por cima’, voando, correndo, passando de uma emoção a outra, em alta velocidade.
O que o seu pobre corpo pouco ventilado faz com o raro ar que você respira? Você sabe? O cérebro usa 20 por cento desse ar respirado… e o restante fica avaramente distribuído entre todos os órgãos vitais.
Já imaginaram que nossa respiração é o resultado da respiração de 70 000 bilhões de indivíduos que moram em nosso corpo? Pequenos indivíduos com certeza, mas todos usando o oxigênio como combustível. Nossas células!
As emoções repetitivas às quais estamos submetidos têm um efeito imediato sobre nossa amplitude respiratória, o que tem como conseqüência a falta de oxigênio para os nossos 70 000 bilhões de habitantes do planeta “Eu”. É como se nós, na nossa inconsciência, estivéssemos asfixiando uma população inteira… um verdadeiro ‘holocausto’.
A vida dos tempos antigos era menos estressante? Não sei. O estresse era diferente, mas já existia. A ciência do yoga, que foi elaborada há milênios, já dominou técnicas cuja finalidade passa pelo uso da função respiratória da melhor forma possível.
Brisa do mar e bem-estar
Sabemos hoje que nossas células, ‘pequenas vidas’ segundo o vocabulário dos sábios, pedem ar. Nossas células são famintas de oxigênio, que quando em quantia suficiente no corpo, abastece devidamente nossas células, traz uma sensação de bem-estar e alegria.
E ainda mais… Sabemos hoje que vários elementos entram na composição química do ar que respiramos: 78% de nitrogênio, 1% de dióxido de carbono e gases raros e o restante: 21% de oxigênio. Aqui está a composição química.
Mas no que diz respeito à composição física: segundo as descobertas mais recentes a cada inspiração entram: partículas elétricas polarizadas – íons positivos e, principalmente, íons negativos que favorecem os intercâmbios entre as células. A sensação de bem-estar depende muito do número de íons negativos por cm3.
Para se ter uma idéia: na beira do mar cada cm3 contém em média 50.000 íons negativos e em casa 10 íons negativos por cm3.
Os raios de trovão – 5 milhões caindo por dia no planeta – aumentam a concentração de íons negativos, o que leva muitas pessoas a se sentirem mal antes de uma tempestade e muito bem após. Assim que passa a tempestade (quanto mais trovão melhor), o ar fica ionizado negativamente, provocando uma sensação de alívio e leveza… enfim sentimos a sensação gostosa de voltar a respirar…
A atmosfera também é um campo elétrico. A terra é uma esfera eletrificada cujo potencial varia tremendamente segundo a altitude. Pode variar de um até 100 volts a cada um minuto. Enfim, existem várias fontes de ionização da atmosfera: radiações telúricas, radiações eletromagnéticas provenientes do sol e raios cósmicos.
Existe no nosso corpo um verdadeiro metabolismo da eletricidade extraída desta atmosfera. A assimilação de íons negativos é muito importante para elevar nossa atividade ao melhor rendimento.
O que vamos descobrir no futuro sobre a composição física do ar, na verdade não importa muito para os yogis. Eles já sabem e afirmam desde milênios que o ar que se respira não é ar, e não se deve respirar.
Segundo os yogis, o que preenche o universo é o vácuo. Esse vácuo é repleto de prana, força vital da qual depende nossa existência, que não se ‘respira’… e sim, se ‘capta’. Quanto mais conscientes deste processo, mais captamos, proporcionando melhor conforto de vida e maior bem-estar.
O ser humano se localiza entre a atmosfera e a terra, duas fontes de energias cósmicas e telúricas que lhe abastecem. E imprescindível não se isolar delas, mas pelo contrario usufruí-las. É gratuito!
Os pulmões e a pele são nossos órgãos principais de intercâmbio, esponjas totais de eletricidade. Temos a obrigação de favorecer esse metabolismo para nossas células.
É bom lembrar que todo dia, recebemos um caminhão pipa, não só de ar extraído da atmosfera, mas também de grande carga de prana… Maravilhoso, quase mágico! Não é?
Diariamente, transitam pelas nossas vias respiratórias em média 14 mil litros de ar… Quase um caminhão pipa! Precisamos estar abastecidos em oxigênio e em prana ou força vital.