Por Marta Relvas
Quem nunca abriu a geladeira várias vezes em busca de comidinhas gostosas e prazerosas?
A estrutura do cérebro responsável por exercer o controle sobre o comportamento alimentar participando ativamente na regulação do apetite é o hipotálamo ventromedial, hipotálamo lateral, chamados de centro da saciedade e centro da fome, respectivamente. A ideia de que estas regiões hipotalâmicas possam funcionar como núcleos de regulação da alimentação, embora atrativa de forma conceitual, não está, ainda, inteiramente consolidada. O cérebro não parece ser organizado em centros isolados que controlam funções específicas.
O papel do hipotálamo na regulação do apetite se assemelha a um transdutor – espécie de dispositivo. Ou seja, ele integra os múltiplos sinais sensoriais que dão conta do meio interno e mantém a homeostase (estabilidade) do organismo por meio da ativação e desativação do comportamento de busca do alimento.
Pesquisas demonstram que o cérebro é responsável por produzir um sistema químico de sinalização a cargo de aspectos relacionados ao nosso humor, comportamentos, movimentos e atividade mental, e como sinalizadores, temos a serotonina e a dopamina.
A serotonina é uma substância química produzida nos neurônios que tem a função relacionada ao bem-estar, à felicidade e ao bom humor. Ela é sintetizada em diferentes partes do cérebro e do corpo, onde pode ser armazenada ou liberada. A matéria-prima mais importante da serotonina é um aminoácido denominado triptofano, encontrado em todos os alimentos ricos em proteínas, como laticínios, ovos, carnes e peixes.
Os alimentos quando digeridos, o aminoácido triptofano penetra na corrente sanguínea e é transportado para os tecidos celulares, onde será usado na síntese de proteínas do próprio organismo e de outras moléculas essenciais como a serotononina. Vale ressaltar que apenas 10% da serotonina do organismo é encontrada no cérebro. O restante é produzido no sistema gastrointestinal, onde ela desempenha muitas funções.
Daí a provável relação que pesquisas estão apontando é a integração entre o sistema nervoso central e o sistema gastrointestinal, sendo denominado de sistema nervoso entérico.