por Nuno Cobra
É inato ao homem ser agressivo. Seus ancestrais tinham a agressividade para manter a sobrevivência. Mas o mundo de hoje, embora violento, não exige mais a agressividade física dos tempos primórdios.
Pelo contrário, o homem deve controlar essa agressividade e fazê-la render em forma de trabalho e resultado.
Até podemos dizer que a forma da aplicação da agressividade, nesses milhares de anos, era saudável. Isso porque o homem aplicava sua força física, no trabalho com seu corpo, na solução de problemas e na busca do sucesso para atingir seus objetivos de segurança e alimentação.
Hoje ao contrário, esse excesso do uso mal empregado da testosterona, juntamente com outros hormônios agressivos, como a própria adrenalina, leva o homem a uma completa disfunção orgânica. Principalmente porque ele se tornou sedentário e não tem mais os perigos e inimigos para se debater. Os inimigos agora estão na sua cabeça e nas suas idéias de insegurança, gerando ansiedade e angústia. Daí a importância dos esportes, ginásticas, lutas e competições para que ele possa harmonizar o seu equilíbrio, canalizando essa agressividade de forma catártica e saudável.
Quando uma pessoa corre, caminha, joga e luta ela se harmoniza, aplica essa agressividade e ajusta o equilíbrio essencial ao funcionamento adequado do organismo.
A pessoa sedentária, adquire depósitos inúteis de gordura, atrofia seus órgãos vitais, principalmente o aparelho cardiovascular. Ela é afetada de forma aguda pela agressividade. Isso porque quando não canalizada, essa agressividade se volta contra a pessoa, fazendo com que seu organismo saia do ponto de equilíbrio.
Essa agressividade atropela o coração fabricando uma enorme quantidade de estimulantes completamente desnecessários, porque ele não tem nenhum embate físico para realizar. Podemos ate dizer que a relação entre agressividade e coração é total.
Relação entre emoção e coração
Há uma relação muito profunda entre as emoções e o coração. As emoções estão localizadas na parte do cérebro que pertence ao cérebro antigo, ao cérebro ancestral, com uma ligação com o nosso sistema vegetativo (sistema de nutrição) que comanda toda a função do organismo, principalmente o coração.
O descompasso emocional deixando de controlar a agressividade, provoca disritmia nos batimentos do coração. Isso pode ir de uma simples palpitação, até algum tipo gravíssimo de fibrilação.
No entanto, o homem possui uma ferramenta extraordinária para colocar sua agressividade como sua aliada e não sua adversária, essa ferramenta é a respiração.
Não podemos mandar nosso coração bater mais devagar, quando ele está diante do estresse. Mas através da respiração, você penetra no seu sistema vegetativo e direciona seu coração a entrar em harmonia.
Quando você procede uma respiração profunda, abundante, devagar e calma você traz uma tranqüilidade a todo o seu organismo. Preferencialmente, essa tomada de ar deve ser feita pelo nariz, mas poderá ser feita de qualquer forma. O importante é colocar oxigênio de forma mais abundante possível. Ele é o elemento apaziguador de toda a sua fúria, catalizador do seu melhor rendimento, afetando o seu cérebro que passa a ter giros mais lentos e o coração batimentos mais saudáveis.