Nossas inquietações, angústias, preocupações e desejos são simples, corriqueiros e humanos, demasiadamente humanos.
O que almejamos?
Na minha vida experiência, queremos amar e ser amados, pertencer e nos sentir acolhidos.
Sermos apenas o que somos (degrau desafiador). Exercitar nossa liberdade de nos movimentarmos de acordo com a natureza que está em nós.
Parece óbvio? Sem dúvida, mas poucos vivem a vida de maneira próxima do mais genuíno em nós. Há sempre uma promessa de amor que nos pede para sermos obedientes, cordatos e, claro, do jeito que alguns querem. Ah, o amor! É sempre ele que está nos chamando. Sem sua certeza, temos medo. E esse temor calado desperta soberba, arrogância e o engano de nos elegermos como donos da moral e da verdade.
A falta de um amor consistente, cuidador, incentivador, brando, que, em algum momento, nos aceitou como somos, nos faz desesperada e infantilmente irritados, controladores e muito necessitados de agradar ou dominar.
De quem vem esse amor? Daqueles que nos ajudaram a estar nesse mundo, que assistiram o nosso ser se fazendo presente. Daqueles que celebraram nossa existência.
Se isso nos foi negado ou não percebido, temos diversas oportunidades de contornar esse vazio e nos darmos a oportunidade de viver bem.
Infelizmente, a falta da consistência amorosa, que inaugura a coragem, a tolerância e paciência, cria tantas vezes pessoas defendidas e prontas para provocarem medo. O medo sentido por elas.
O amor talvez seja a vivência mais complexa de todas. Exige coragem, entrega e reconhecimento da gratidão e da generosidade. Nada há no amor de piegas, antes houvesse. Amar é o ato de maior força, resiliência e humildade.
Sem ele, adoecemos!