por Leniza Castello Branco
Descrever um processo terapêutico de uma maneira adequada é difícil, mas dá para se mostrar uma parte das finalidades a que ele se propõe .
A melhor maneira de saber o que é uma terapia, é passando por ela.
Começando pelo setting terapêutico, na abordagem junguiana, analista e paciente sentam-se frente a frente.
Jung aboliu o divã, porque achava necessário um confronto direto e pessoal.
Jung aconselhou o analista a estudar o máximo e aprender tudo que puder, e a esquecer tudo quando encarar o paciente.
Ele dizia que os analistas devem estar abertos para aprender e para se adaptar “ao que vem ao seu encontro”.
Ele também diz que todas as abordagens são corretas e devem ser aplicadas e tentadas para o bem do paciente.
Todo o conhecimento do analista deve ser usado sem preconceitos.
A base dessa terapia é um diálogo constante entre o ego consciente e inconsciente. O ego é a nossa parte consciente: é o que eu sei; o que conheço de mim; o que me lembro; o que sei que desejo. O ego inconsciente é: o que desconheço de mim, ou o que esqueci; tudo o que sinto sem perceber; desejos desconhecidos; aspectos da personalidade que não reconheço; o que está fora da consciência, mas que existe dentro de mim.
No próximo texto, explicarei por que o terapeuta deve ter o máximo de conhecimento não só de psicologia, mas de literatura, artes, música, mitologia e religiões.