Por Margareth Reis
E-mail enviado por uma leitora:
“Olá, tenho 35 anos e sou casada há um ano. Há alguns meses venho notando minha falta de interesse sexual e não é por trabalhar demais ou passar por estresse, diria que minha vida é muito tranquila, mas quando meu marido fala em fazer sexo me dá uma preguiça… mas, quando faço sinto prazer, é maravilhoso. Sei o porquê do meu bloqueio, ele não faz carícias não é de beijar, quer ir direto ao ponto, quando começa me tocar não tem sensibilidade e isso vai me dando uma tristeza aí pra não parar, tento pensar em outras coisas pra ver se entro no clima. E não é por falta de conversa, falo sempre a ele como gosto, mas sempre se arma dizendo que eu não gosto de nada que ele faz. Sinceramente, não sei o que fazer. Às vezes fico me perguntando, será que realmente gosto dele? Nas minhas perguntas sempre tento ver o outro lado que não envolva o sexo: é um homem maravilhoso, muito parceiro, companheiro, sinto-me bem ao lado dele; gostamos praticamente das mesmas coisas e é muito raro termos uma discussão. Porém, o sexo me incomoda. O que posso fazer para melhorar essa parte?”
Resposta: Ao que parece o seu marido tem um repertório sexual incompatível com o que você passou a se dar conta de que gostaria que ele tivesse para estimular a sua disposição para entrar no clima sexual.
Você até fala para ele que sabe o que falta ele fazer para você ficar mais motivada sexualmente: carícias, beijos e mais sensibilidade por parte dele na aproximação íntima. Mas, talvez não saiba como ele escuta o que você diz, isto é, ao comunicar verbalmente a sua percepção a respeito dessa experiência na vida a dois, ele pode não estar entendendo como um meio para vocês se alinharem melhor intimamente, e sim apenas como uma cobrança.
Como você relata existir bastante sintonia entre vocês fora da cama, procure realçar para ele as coisas que funcionam bem entre vocês nas outras áreas da convivência a dois. Prossiga se valendo da sua capacidade de recorrer à imaginação erótica para continuar sentindo prazer quando estiverem na intimidade. Mas, inclua, também, a comunicação não verbal durante o sexo, ou seja, procure conduzir as mãos dele às carícias que deseja receber.
Além do exposto até aqui, busque provocá-lo sensualmente: por mensagens, conversas mais apimentadas e aproximações mais carinhosas, independentemente de vocês estarem disponíveis no momento para uma transa. Não hesite em praticar com ele o que você gostaria de receber dele. Aposte nas preliminares que são ingredientes essenciais para o prazer mútuo e não se restringem ao que acontece imediatamente antes do ato sexual, pois devem ser cultivadas por meio de gestos e sinais estimulantes, sexualmente, no espaço entre uma relação sexual e a próxima, sempre!
Atenção!
Este texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um psicólogo e não se caracteriza como sendo um atendimento.