por Karina Simões
Para a mulher o sexo tem muito mais sentido com o vínculo emocional do que com o prazer ou clímax em si.
A intimidade afetiva resultante de se sentir conectada com o parceiro é para ela ingrediente fundamental do bom sexo.
A insatisfação sexual para as mulheres representa muito mais uma frustração e decepção, do que uma crise conjugal, como é encarada muitas vezes, por homens. Isso porque os homens consideram o sexo mais prioritário e para elas a insatisfação sexual pode ter que apenas que passar por alguns ajustes.
Podemos dividir e classificar as disfunções sexuais das mulheres em quatro categorias: dificuldades de sentir desejo; dificuldade de excitabilidade; dificuldade de atingir orgasmo e dores físicas durante a relação sexual. Vejam:
1. Transtorno do desejo sexual hipoativo
Um desejo rebaixado da atividade e do desejo sexual, em que você ficará angustiada com o sintoma. É diferente da aversão sexual, pois nesse quadro, a pessoa tem fobia a tudo relacionado ao sexo.
2. Transtorno da excitação sexual
A mulher sente desejo por sexo, mas não há respostas de lubrificação vaginal.
3. Transtorno orgásmico
Há uma dificuldade real e sofrida por não conseguir atingir o orgasmo.
4. Transtorno de dor sexual
Existem várias subcategorias, incluindo a dispareunia (dor recorrente durante as relações sexuais); vaginismo (espasmos na musculatura vaginal que impedem a entrada do pênis, causando dor e sofrimento).
Nossa cultura competitiva, manipulada por luxúria e outros surpreendentes “pecados capitais”, nos ensinou erradamente que o sexo enlouquecedor e que faz “tremer o chão” é um direito adquirido de nascença. Um erro acreditar nisso. Pois, sexo bom e bem feito é aprendido com o tempo e com uma educação sexual correta.
Lembre-se: a chave para abrir a porta para uma sexualidade plena é conhecer a si mesma. Não me refiro apenas ao corpo, mas a construção do seu ser.