A pandemia gera muita ansiedade, um certo grau de desânimo e desalento que pode ser interpretado como depressão
E-mail enviado por um leitor:
“Acabei de ler uma matéria na internet que os homens não conseguem identificar quando estão com depressão. Por que nós, homens, temos essa dificuldade? Tivemos um ano duríssimo! Como saber se estou com depressão? Quais são os sintomas mais comuns? Estar depressivo ou com depressão é a mesma coisa?”
Resposta: Há realmente um hábito cultural de que “homem não chora”. Portanto, homem não sente!
Isso é uma imensa bobagem, pois todos nós, homens e mulheres, temos os sentimentos como um atributo do nosso psiquismo.
O que ocorre mesmo é que o homem é ensinado a não manifestar seus sentimentos, pois erroneamente isso pode ser interpretado como uma fraqueza.
A situação de epidemia que estamos vivendo, suas incertezas e contradições tem mesmo gerado em todos muita ansiedade e certo grau de desânimo, desalento que pode ser interpretado como Depressão.
Não é a verdadeira depressão, chamada de Transtorno Afetivo Bipolar, embora esta última possa ocorrer em quem já tenha antecedentes pessoais e familiares.
A depressão que sentimos se origina na angústia da incerteza, na frustração pelas limitações, no medo do desconhecido efetivamente assustador.
Portanto, se o sentimento não é paralisante e não o deixa prostrado e querendo se matar, podemos considerar como uma resposta normal a tudo que está acontecendo!
Atenção!
Esta resposta não substitui uma consulta ou acompanhamento de um médico psiquiatra e não se caracteriza como sendo um atendimento.