por Anette Lewin
Relação proíbida provoca muita adrenalina no corpo e muita fantasia na cabeça Relacionamentos proibidos, em geral, proporcionam aos envolvidos sensações de transgressão, perigo, poder e mobilização. Enfim, muita adrenalina correndo no corpo e muita fantasia correndo na cabeça.
Alem disso, por serem proibidas, essas relações são vividas em segredo e estão livres do comentário dos outros; como consequência são relações nas quais as pessoas sentem o gostinho de poderem ser elas mesmas, falarem e fazerem o que têm vontade sem aquele monte de opiniões que só servem para confundir.
Algumas pessoas conseguem conciliar esse lado “secreto” de suas vidas com os relacionamentos formais sem maiores problemas; acreditam que suas vidas dizem respeito somente a elas e não se deixam mobilizar pela culpa de estar fugindo das regras estabelecidas. Para uma grande parte das pessoas, porém, quando os relacionamentos proibidos se aprofundam os conflitos gerados acabam por transformá-los num turbilhão de dúvidas, incertezas e pressões internas geradas por culpa. Isso sem falar das pressões externas que acontecem quando na “relação proibida”, por exemplo, um dos envolvidos é casado e o outro não.
Frente a essas dúvidas não é raro os envolvidos começarem a se desentender com frequência até que as brigas determinem o fim da relação. Afinal, nada melhor do que uma briga real para fugir de uma dúvida existencial.
Administrar relação não convencional exige autoconhecimento
Administrar o não convencional nas relações amorosas é tarefa difícil e que exige, no mínimo, um autoconhecimento razoável. Exige, antes de mais nada, que cada um dos envolvidos esteja preparado para criar seu próprio código de conduta e se responsabilizar por ele. De preferência sem se machucar, torturar seu parceiro ou magoar quem nada tem a ver com a história.