Por Emilce Shrividya Starling
Todos nós temos o direito de sermos felizes e entusiasmados, mas se ficarmos remoendo nossas faltas e nos subestimando, vamos nos sentir infelizes e frustrados.
Muitas vezes, os sentimentos negativos de autodepreciação e desvalorização ficam ocultos por muito tempo dentro de nós. Portanto, é necessária uma autocontemplação para nos conhecermos melhor e assim dissolver esse estado de carência e ressentimento contra nós mesmos.
Vamos fazer juntos essa contemplação:
“Você se critica muito? Acha que está sempre realizando menos que as outras pessoas?”
“Você gosta de sua aparência física? Quando se olha no espelho se elogia ou fica procurando defeitos?”
“Você valoriza o que faz ou menospreza cada esforço seu?”
“Você se considera digno ou acha que é um pecador?”
“Você se sente merecedor para ser feliz e amado ou acredita que ninguém pode lhe amar?”
“Você se considera capaz ou acha que não é bom o suficiente em coisa alguma?”
“Você gosta do desempenho do seu trabalho ou acha que é medíocre?”
“Você confia em si mesmo ou se sente inseguro e com medo?”
“Você se sente amado ou acha que as pessoas o depreciam?”
“Você reconhece seu próprio valor e suas qualidades ou acha que não tem nenhuma boa qualidade?”
“Você se aceita como você é ou gostaria de ser como outra pessoa?” Está sempre se comparando com os outros?”
“Você se sente carente e vítima das circunstâncias?” Precisa sempre da atenção e ajuda dos outros?”
“Fica tão absorvido em seus problemas que se esquece dos outros?”
Analise com calma essas questões sem se culpar. Apenas para se autoconhecer e assim, poder mudar essas crenças negativas.
Para esse processo de purificação da autodepreciação, a pessoa não deve se diminuir olhando sempre suas faltas. Deve livrar sua mente de sentimentos de cobrança e culpa. Em vez disso, deve se arrepender de seus erros e aprender a agir corretamente, com bondade e retidão.
Precisa reconhecer a presença divina dentro de si e de todos ou outros. Entender que é filho de Deus e lembrar-se que o Senhor vive em seu interior. Sair do casulo do egocentrismo que gera tanta carência e sofrimento e abrir-se para sentir compaixão por si mesmo, pelas outras pessoas, pelos animais e pela natureza.
Quem não se ama, precisa romper elo por elo as cadeias desse desafeto e cessar de se maltratar com as crenças limitantes e padrões mentais negativos. Precisa parar de se identificar com todas as negatividades que surgem na mente e não se punir mais com suas próprias tendências mentais.
Não se comparar com os outros e nem criar sonhos ilusórios que não podem ser realizados; e sim ter discernimento e sabedoria para ser preparar para atingir suas possíveis metas.
Precisa aprender a gostar de si mesmo, descobrindo suas boas qualidades. Sentir que é digno e merecedor de afeto, elogio, sucesso e de alcançar seus ideais. Em vez de sabotar seu próprio valor, deve escolher se amar. Descobrir seus talentos e habilidades. Gostar do que faz, se valorizar e respeitar.
A Filosofia do Yoga nos ensina a nos amar da maneira que somos e nos questionar diariamente:
“Você se lembrou de se amar hoje”?”
“Você agradeceu a si mesmo por suas atividades e por suas boas ações?”
“Você se valorizou e apreciou seu trabalho?”
“Você confiou em você?”
“Você se lembrou de Deus durante o seu dia?”
Coloque o amor em ação, começando a amar a si mesmo incondicionalmente para assim expandir esse amor para seus familiares, amigos, funcionários, animais de estimação, para a natureza.
Namaste! Deus em mim saúda e agradece Deus em você! Fica em paz!