E-mail enviado por uma leitora:
“Olá boa noite! Tenho uma filha de 22 anos. Só que ela sofre muito com o relacionamento que acabou há muito tempo. Agora, ela não consegue ficar com ninguém. Fico muito preocupada… temo que ela entre em depressão. Gostaria de saber o que fazer para ajudá-la.”
Resposta: As primeiras experiências amorosas costumam ser supervalorizadas. Enquanto duram, trazem uma sensação de poder, levantam a autoestima, e provocam sensações inebriantes. Quando terminam, porém, o tombo pode ser devastador, pois todas as expectativas, as ilusões, a sensação de “para sempre” desaparecem como fumaça no ar…
Sua filha, muito jovem ainda, está presa nessa situação de fracasso e não consegue se desvencilhar dela.
Por que buscar uma terapia?
O ideal, caso ela aceite, seria buscar uma terapia para que ela possa entender melhor esse processo e reorganizar-se para novos relacionamentos.
Mas neste momento, fazer o quê?
Você, como mãe, certamente gostaria de ajudá-la. Mas, infelizmente, não há muito o que fazer. Ela tem que achar uma saída no seu tempo. Não adianta forçar.
Você pode ouvi-la, caso ela queira falar, mas evite fazer da vida amorosa dela o centro das conversas de vocês. Afinal, como ela ainda não está pronta para se relacionar novamente, certamente conversas sobre esse tema remeterão a fracasso e não a novas perspectivas. Além do mais, 22 anos é muito pouca idade para estabelecer um vínculo sério nos dias de hoje. Ela ainda precisa estudar, trabalhar, enfim, fazer coisas que a ajudem a construir uma boa autoimagem para que em seu próximo relacionamento se sinta mais segura. Dê tempo ao tempo.
Ela pode entrar em depressão?
Quanto ao seu medo de ela ficar deprimida… bem, uma perda amorosa, em geral, não leva a uma depressão profunda; talvez ela fique desanimada, sem vontade de sair, meio perdida, mas tudo isso acaba passando com o tempo.
Um novo amor para esquecer o antigo
Além do mais, existem hoje as redes de relacionamento que possibilitam novos contatos e aumentam a possibilidade dela encontrar novos amores. E nada melhor do que um novo amor para esquecer um amor antigo…
Lembre-se que você, mãe, provavelmente já passou por uma decepção amorosa em sua juventude. Afinal, quem não passou? Mas, em algum momento houve a superação e novos caminhos se abriram. Acredite que com sua filha, provavelmente, não será muito diferente. Se ela entender que quer ter um namorado, uma família e filhos, direcionará sua busca para esse objetivo e, mais cedo ou mais tarde, conseguirá concretizá-lo.
Atenção!
Esta resposta não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicóloga e não se caracteriza como sendo um atendimento.