Por que sempre me desinteresso pela mulher depois de conquistá-la? Continuo só, aos 62 anos

Resposta: Bem, com 62 anos parece claro que o papel de conquistador é o que você mais aprecia, apreciou e, provavelmente, apreciará. Tentar entender por que isso acontece, depende mais de uma autorreflexão do que de qualquer hipótese que podemos levantar por aqui.

Antes de mais nada, você deve entender se seu questionamento traduz uma frustração ou apenas um desejo de conhecer-se melhor. “Continuo só aos 62 anos”,  não explica o sentimento que estar só lhe proporciona. Se seu e-mail traduz um desejo de autoconhecimento, o melhor seria procurar uma terapia, pois sem nenhum dado sobre você, ficaria muito difícil dizer qualquer coisa.

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Se, porém, você se sente incomodado com essa sequência de mulheres descartadas depois da conquista, se sente sozinho, ou quer mudar isso, vale tentar mudar seu comportamento, continuar com a mulher conquistada, mesmo que ela não lhe inspire mais os sentimentos que você gosta de sentir… e entender como essa história continua. Às vezes, num relacionamento amoroso, mesmo que o sentimento mobilizador inicial termine, outros sentimentos mobilizadores podem surgir.

Mas… é preciso amar?

 

Pelo seu relato, você já se sentiu apaixonado. Várias vezes. Mas não se sentiu amando ninguém ainda. Cabe a você decidir se quer experimentar esse sentimento. Tem gente que quer. Outros não precisam. Esse sentimento não lhes faz falta. Para esses, como disse o poeta Vinicius de Moraes, basta que o sentimento “seja eterno enquanto dure”. Mesmo que a duração seja curta. Talvez seja esse o seu caso.

Se assim for, é possível que você se sinta mobilizado apenas pelo novo, pelo que ainda não conhece. Ao terminar o mistério, acaba o interesse. Pode ser que, nesse sentido, você não consiga amar o que conquistou; não saiba o que fazer com o que conquistou; não consiga se vincular ao que conquistou.

Reflita também sobre o que você espera de uma companhia mais constante a essa altura dos acontecimentos. Você sempre viveu sozinho, teve sua liberdade de fazer o que bem entendesse. Viver com alguém significa abrir mão de parte dessa liberdade pela companhia de outra pessoa. Você está disposto? Abriria mão de seus horários, seus costumes, seus rituais, por uma companhia? Pense também em qual a diferença entre ter uma parceira fixa e ter várias parceiras sequenciais, ou até ao mesmo tempo. Você deseja formar uma família? Deseja ter filhos? Deseja ser cuidado por alguém?

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Bem, essas são algumas das vivências que uma parceira fixa pode lhe proporcionar. Mas é necessário saber se é isso mesmo que você quer. Parece que, até agora, companhia não lhe falta. Vai uma vem outra. Então, é importante que fique bem claro para você qual o papel que uma companheira fixa faria em sua vida.

Casamento, definitivamente, não é para todos. Tente não julgar o modo que vive até agora como um erro. Pode ser uma opção. Que não o define como melhor ou pior.

5 dicas para quem quer viver um relacionamento profundo

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Caso, porém, depois de toda essa reflexão, você concluir que quer experimentar viver um relacionamento mais profundo, lembre-se de alguns pontos importantes:

– a mulher perfeita não existe;

– a paixão dura pouco mesmo e está ligada ao desconhecido;

– depois da paixão pode vir o amor ou o nada;

4ª – relacionamentos longos, nos dias atuais estão rareando;

5ª – finalmente, não existe certo ou errado nas escolhas amorosas: cada um tem o direito de viver o amor do jeito que achar melhor!

Atenção!

Este texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um psicólogo e não se caracteriza como sendo um atendimento.