por Rosemeire Zago
Resposta: A inveja surge do sentimento de inferioridade, fruto da comparação que fazemos entre nós e o outro em algum aspecto específico: nas posses materiais, na casa, no carro, na roupa, no companheiro, no dinheiro ou nas suas qualidades psicológicas, morais, físicas, sociais ou espirituais. Nunca haverá inveja sem que antes tenha havido uma comparação.
Há uma tendência a supervalorizar o outro com tudo que ele tem e desvalorizar o que temos. A inveja geralmente surge do sentimento de sentir-se incapaz e inferior, percebendo o outro como tendo todos os atributos que acredita não ter. O pensamento de quem sente inveja, ainda que seja inconsciente é: "O outro sim é capaz de conseguir, eu não sou".
Existe inveja boa e inveja má?
Resposta: É preciso distinguir inveja da admiração. A inveja é querer o que é do outro, seja o emprego, a posição, o marido, etc, muito diferente da admiração que podemos sentir com a capacidade de conquista que alguém possa ter e acreditar que também posso conseguir.
O que faz com que as pessoas coloquem como inveja boa e má. Alguns entendem que a inveja má é querer o que é do outro, mas não fazer nada para conseguir, que produz ódio e destruição, negando o valor do outro e em conseqüência o próprio valor e inveja boa seria o impulso para transformação, aquele sentimento que faz com que a pessoa ao ver o outro conquistando, se sente motivada a também conquistar.
Será que é bom ser invejado?
Resposta: Quem gosta de saber que alguém deseja o que é seu?
O que devemos fazer para não sentir inveja?
Resposta: Primeiro é preciso assumir que se sente inveja, o que é muito difícil, sendo geralmente negada por todos. É muito mais fácil uma pessoa demonstrar indiferença ou desprezo pela conquista do outro do que assumir que no fundo sente inveja por desejar obter o que o outro tem.
Devemos ter sempre em mente que somos todos seres capazes de nos transformamos naquilo que gostaríamos de ser e ter, transformando cada sonho em realidade, ocupando nosso tempo na busca por tudo aquilo que desejamos para nós, e não perdermos parte de nossa vida focados no que o outro tem ou é, ou tentando destruir quem conseguiu o que não conseguimos. O diferencial é acreditar em si mesmo e acima de tudo acreditar ser capaz de buscar os próprios sonhos! Para isso o mais indicado é o autoconhecimento obtido no processo psicoterápico.