Por Margareth dos Reis
Depoimento de um leitor:
“Tenho namorada, mas não temos relações. Ela é da igreja e tudo acontecerá só depois do casamento. Mas sofro muito com esse vício, que parece mais forte do que eu.”
Resposta: Vamos à questão então! Os garotos se mostram mais curiosos que as garotas em relação aos seus órgãos sexuais durante o desenvolvimento, até porque seus órgãos sexuais são mais expostos, e eles vivem a experiência concreta da excitação sexual, ou seja, evidenciada na ereção peniana nos meninos.
Tão logo descubra a masturbação, o adolescente vai experimentar uma liberação de tensão acompanhada de prazer sexual intenso que pode levá-lo a querer repetir inúmeras vezes essa prática de autoestimulação dos seus órgãos sexuais. Esse ritual do prazer sexual autoadministrado pode ser considerado como uma espécie de laboratório para a vida íntima com alguém no futuro.
Nesse processo, o contato com estímulos potencialmente excitantes, como por exemplo, a pornografia virtual, pode ser algo muito excitante, mas como tudo na vida precisa de equilíbrio.
O vício em pornografia pode ser algo nocivo, pois basta um “clique” para liberar as fantasias sexuais diante de um inesgotável cardápio de estímulos eróticos e, ainda, pode alterar o modo de se encarar a realidade dos relacionamentos, a ponto de torná-los dispensáveis. Neste caso, faz-se necessário tratamento psicoterapêutico (individual ou de grupo) para se libertar do aprisionamento que a dependência provoca.
Assim sendo, não devemos ter a masturbação como um vilão, pois é um ato saudável e uma forma infalível de conhecer o próprio corpo e a sexualidade, e no seu caso, uma forma possível de obter o seu prazer sexual enquanto espera pelo momento de intimidade a dois após o casamento.
Além disso, a masturbação pode ser uma prática que o adulto realiza como alternativa ao prazer sexual compartilhado, quando assim desejar.
Atenção!
Este texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um psicólogo e não se caracteriza como sendo um atendimento.