por Silvia Maria de Carvalho
Resposta: É saudável que a gente queira aprender e crescer enquanto ser humano.
Pensar que é possível experimentar novas formas de nos comportar e aprimorar nossas atitudes, costuma dar vida.
Acho que faz parte da nossa condição, uma certa angústia frente ao novo, assim como um entusiasmo e aflição.
Por outro lado, talvez a mesma angústia frente à rotina, aquilo que repetimos todos os dias e a tranquilidade do que é familiar.
Fernando Pessoa, em seu livro sobre Desassossego diz: "Sábio é quem monotoniza a existência, pois então, cada pequeno incidente tem um privilégio de maravilha."
A arte de saber viver: esse equilíbrio entre o conhecido e o novo. Os prazeres do que podemos esperar… e ter olhos para ver que as pequenas coisas se modificam devagarzinho e sem susto.
Ouvir de dentro a hora daquele salto na direção do desconhecido, um mundo estrangeiro, que provavelmente traz coisas melhores e piores, mas novas. Depois volta tudo de novo… e o novo fica velho outra vez.
Assim é a vida. Há que gastá-la. Ela passa de qualquer maneira.
Não sei se a questão é ser bom em tudo que se faz: mas em ser. Arriscar, ousar, errar, fazer de novo. Ter o "não" como amigo e seguir, sem grandes mágoas. Não se ocupar em pensar tanto. Explorar.
Como citou o filósofo francês Michael de Montagne: "Quero que a morte me encontre plantando meus repolhos."
Vamos viver enquanto isso