Há uma linha muito fina entre ser pai, ter o papel de educador e ser amigo do seu filho    

E-mail enviado por um leitor:

“Eu como pai sei que tenho o papel de educar meus filhos. Gostaria de saber se é possível ser amigo do meu filho e cumprir essa função de educador ou se devo priorizar a função de educador? Ou os pais precisam também ser amigos dos filhos?” 

Resposta: Essa sua preocupação é a mesma de muitos pais. Assim, há uma linha muito fina entre ser pai, ter o papel de educador e ser amigo do seu filho. 

Há alguns anos, os pais achavam que deveriam só educar os filhos e se esqueciam do lado mais emocional. Logo, eu concordo com você de ser amigo, ou seja, ter uma relação mais com sentimentos com os filhos. Mas, ao mesmo tempo, não há espaço para discutir tudo fingindo que ambos têm a mesma idade.  Isso é forçar uma situação não muito boa para ninguém.

Então, quando os educadores falam em amizade, isso, na prática, significa ter uma relação com o seu filho de amizade para que ele sinta liberdade de se colocar e colocar os problemas. Olha, seja um educador aberto a mudanças e atento às necessidades do seu filho conforme a idade e o desenvolvimento. Seja amigo para que o seu filho tenha a liberdade de se colocar. Lembre-se de que você não tem a idade do seu filho. Enfim, conheça os amigos do seu filho e não queira ser íntimo.

Atenção!
Esta resposta não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicopedagoga e não se caracteriza como sendo um atendimento.

Betina Serson

Betina Serson é graduada em Pedagogia com pós-graduação em Psicopedagogia e Mestrado em Early Childhood Education nos Estados Unidos. Trabalhou por vários anos em escolas de educação infantil Americanas. De volta ao Brasil trabalha com psicopedagogia clinica, capacitações para profissionais, colunista na área de desenvolvimento infantil e palestrante.