Da Redação
A obesidade continua aumentando entre os brasileiros. Dados do Ministério da Saúde indicam que 51% da população acima de 18 anos está acima do peso. Isso é preocupante, pois esse indivíduo ainda jovem, futuramente fará parte das estatísticas de pessoas com hipertensão, diabetes etc.
E, para sair do sedentarismo, não são necessárias mudanças radicais. Você pode se inserir naturalmente na prática de atividade física. Não há necessidade de comprar roupas específicas, buscar academia, o professor ideal e nem aquela “inspiração divina”, vinda do fundo da alma que ‘dessa vez inicio de uma vez por todas minha prática de exercícios’. Isso em geral não acontece, essas estratégias são desculpas, pois acreditamos que precisamos sempre da condição ideal, mas esta nunca aparece. Só é preciso um pouco de vontade. Vontade para ter um pouco de tempo no seu dia a dia para atividades do cotidiano e essa atitude é mais simples do que você imagina:
– Em alguns dias da semana troque o carro por ônibus ou metrô, para andar a pé até a estação ou até o ponto de ônibus. Vale estacionar o carro alguns quarteirões antes do destino, descer um ponto antes;
– Troque o elevador por alguns lances de escada;
– Passeie com o seu cachorro.
De acordo com pesquisa do "American Journal Of Health Promotion", as atividades físicas, de leve a moderadas, realizadas ao longo do dia, possuem tantos benefícios para a saúde quanto os exercícios estruturados feitos em academias. O estudo mostrou que os dois grupos tiveram os mesmos benefícios. Qual a diferença entre caminhar de esteira durante 20 minutos ou do estacionamento até o seu local de trabalho? Nenhuma.
Para finalizar acredito na máxima: “quanto mais me movimento, mais quero me movimentar”. Isso porque você vai tomando gosto e passa a buscar alternativas para se movimentar.
Atenção!
Este texto não substitui uma consulta ou acompanhamento de um profissional de Educação Física e não se caracteriza como sendo um atendimento.
Fonte: José Carlos Farah – professor do Centro de Práticas Esportivas da USP. Ele foi entrevistado por Ivanir Ferreira da Rádio USP, onde possui uma coluna.