“Aquilo que está em cima é como aquilo que está embaixo”. Princípio hermético
A astrologia (Astron = estrela + logos = saber), uma linguagem milenar, nasceu em virtude da enorme atração que os astros exerciam sobre o homem primitivo e de seu olhar curioso que questionava a conexão entre o que acontecia no céu e na terra.
Alfabeto das estrelas: orientações para liderar
Se em seus primórdios a astrologia (neste texto estou me referindo à Astrologia Ocidental, especificamente) era utilizada para entender as estações do ano e ajustar os ciclos de plantio, posteriormente o homem encontrou no “alfabeto das estrelas” uma metodologia para orientação destinada à liderança de figuras proeminentes como reis e governantes. Com o passar do tempo, o saber se popularizou até se tornar acessível ao homem comum.
E chegamos a esta vertente, a Astrologia Pessoal focada no indivíduo, que vem ganhando força e expansão em função da busca intrínseca do homem por autoconhecimento.
Mas como se estabelece esta relação entre céu e terra?
Embora a ciência até hoje não encontre explicações para esta conexão, um princípio que remonta há mais de 3 mil anos atribui uma associação entre os eventos celestes e terrestres.
Este princípio ou axioma faz parte dos “7 Princípios Herméticos” que formulam leis (estruturas) que regem e organizam tudo o que se manifesta no universo. Descritos no livro “O Caibalion, estes princípios foram postulados por Hermes Trismegisto, um sábio filósofo que supostamente viveu na antiga Grécia cerca de 2500 a.C..
Conforme diz o segundo princípio, a Lei da Correspondência: “Aquilo que está em cima é como aquilo que está embaixo”. Para tudo existe uma correspondência no Universo, seja no nível do micro ou do macrocosmo. Todos os planos da existência estão conectados e em correspondência.
Mapa astral: “foto instantânea” do céu no momento exato do nascimento
Quando um bebê nasce e faz a sua primeira respiração, estabelece sua conexão com o Universo. A “configuração” que se manifesta em cima (céu – macrocosmo), é como a “configuração” que se manifesta embaixo (terra – microcosmo). A esta “configuração”, associada ao nascimento de um indivíduo dá-se o nome de Carta Natal, ou, como é mais conhecido, o famoso mapa astral. O Mapa é como uma “foto instantânea” do céu no momento exato do nascimento. É representado graficamente por uma “mandala” onde se encontram dispostos os diversos símbolos (planetas, signos e casas). A estes símbolos são atribuídos significados específicos, o que requer a leitura de um “intérprete”, no caso, o astrólogo, para decodificar as mensagens inscritas. No caso da Astrologia ocidental, encontramos um forte embasamento dos significadores seja na filosofia e no conhecimento da antiguidade clássica, especialmente a mitologia greco-romana.
Caso fôssemos fazer uma analogia entre o mapa e uma peça teatral, poderíamos descrever esta configuração da seguinte forma: os “atores” que encenam a história são representados pelos astros, ou seja, os planetas e os luminares. Os signos são os “personagens”, qualificando e caracterizando os atores, e, as casas são os “cenários” onde os atos se desenrolam. No centro, as linhas de ligação entre os astros, (os aspectos) constituem a “trama”, ou seja, como os “atores” dialogam e interagem entre si.
Embora a “foto” seja estática, revelando a essência pessoal, nesta imagem ficam registradas as energias potenciais manifestadas naquele momento do nascimento e, conforme o tempo transcorre e os astros transitam no céu estabelecendo novos contatos com os planetas (atores) no Mapa Natal, as “tramas” que estavam latentes são despertas ou ativadas.
O indivíduo passa pelos seus ciclos de crises e oportunidades, crescimento e transformação e a jornada pessoal se realiza.
O que fascina nesta linguagem é a possibilidade de fazer uma abordagem do indivíduo de forma integral, com visão em 360°. É possível analisar desde características da personalidade e do temperamento assim como tendências físicas e comportamentais, mentais e afetivas, vocacionais, sociais, familiares, espirituais, e tantas outras facetas, tornando-se uma das ferramentas mais completas para explorar a natureza humana.
E, além disto, com a elucidação dos possíveis caminhos revelados no mapa, a astrologia pessoal se tornou uma fantástica bússola de orientação para ajudar as pessoas a superar seus desafios, além de despertar e aprimorar talentos desconhecidos.
Tudo o que você precisa para iniciar a sua jornada de autoconhecimento e desvendar o seu Mapa Natal é obter os seus dados exatos de nascimento (hora, data e local de nascimento), e, claro, a interpretação precisa de um(a) astrólogo(a) sensível e experiente.
Namastê!