Ansiedade não é doença, mas é um estado emocional normal do ser humano, assim como a felicidade, paixão, dor, raiva. Precisamos de certa dose de ansiedade para nos mantermos vivos. Este sentimento está ligado ao nosso instinto de proteção, que é ativado quando percebemos uma situação de perigo. Assim, uma pequena dose de ansiedade antes de uma entrevista de emprego pode até fazer bem.
A ansiedade passou a ser problema quando o ser humano a colocou não a serviço de sobrevivência, mas a serviço de sua existência. Embora a ansiedade favoreça a adaptação, ela o faz até certo ponto, até que o nosso organismo atinja o máximo de eficiência. A partir daí, a ansiedade, ao invés de contribuir para a adaptação, faz justamente o contrário.
O movimento impulsivo de aceleração da mente, de precisar fazer ter tudo sob controle para usufruir a sensação de repouso e conforto, faz com que ela se excite e se o problema não tiver uma solução imediata, como acontece na maioria das vezes, teremos a chamada ansiedade patológica e crônica, que tende a piorar com os anos.
Ansiedade e seus transtornos
A tentativa de se livrar deste mundo de sensações e sentimentos desequilibrados e desajustados causa os seguintes transtornos:
1) Transtorno Obsessivo Compulsivo
2) Transtorno Hipocondríaco
3) Transtorno Histérico
4) Transtorno Ansioso
5) Transtorno Fóbico/Fobia Social
6) Ansiedade Social (Transtorno da Pessoalidade por Evitar). Conhecida como Fobia Social: é a ansiedade devido à aproximação de pessoas.
Tratamentos:
1º- via processo medicamentoso
Existem três tipos de remédios que podem ajudar a controlar e diminuir a ansiedade.
O primeiro tipo são os chamados ansiolíticos (dissolução de ansiedade) ou tranquilizantes. São substâncias que anestesiam parcialmente a sensibilidade neuronal, diminuindo a capacidade de excitação emocional.
Também podem ser usados para induzir o sono. Servem para combater o sintoma da ansiedade, mas não mexe na sua origem, funcionam como, por exemplo, a Novalgina para combater a febre, ou seja, diminuem o sintoma, mas não resolvem o problema. São muito úteis quando a ansiedade está muito alta ou descontrolada, ou quando provocam insônia (por exemplo: Diazepan – nome genérico).
O segundo tipo de medicação são alguns tipos de antidepressivos. Este tipo tem dois efeitos sobre a mente humana e, por uma ação sobre os neurotransmissores cerebrais, aumentam o nível de energia psíquica, fazendo com que a pessoa se sinta mais forte, diminuindo nelas a quantidade de preocupações e de medo, aumentando a percepção e a clareza que a pessoa tem, fazendo-a se sentir mais segura e, portanto, menos ansiosa. Este efeito das medicações antidepressivas é fascinante e se for acompanhado de uma boa psicoterapia, não só permite que a pessoa diminua significantemente a ansiedade, como também se torne uma pessoa mais produtiva. O segundo efeito é uma ação mais direta sobre a ansiedade propriamente dita. Podem causar alguma dependência emocional.
Bons exemplos desta medicação são: Cloridrato de Sertralina, de Fluoxetina e a Desipramina (nomes genéricos).
O terceiro tipo de medicação são chamados de tranquilizantes maiores ou antipsicóticos, que devem ser prescritos em casos mais graves, onde a ansiedade atinge picos altíssimos e estão associados a doenças mentais mais graves, com alteração do pensamento. Por esta razão, exemplos desses medicamentos (tranquilizantes maiores) não estão aqui publicados.
No próximo post, abordarei o outro processo de tratamento, que é o psicoterapêutico.