Em tempos de tantas conquistas e mudanças entre os pares, ainda nos deparamos com mulheres que preferem antigos padrões, permanecendo em relacionamentos de dependência financeira e emocional.

Optamos aqui usar a expressão “preferem” por acreditarmos, pois mesmo que seja uma escolha permanecer nessa condição de submissão e acomodação, que para muitos pode parecer inaceitável, observamos o quanto por vezes essa escolha pode se tornar confortável.

É possível para a mulher que aceita tudo que lhe é proposto, viver sem perturbações ou conflitos existenciais. Pode parecer estranho tal condição? Sim, entretanto é preciso que avaliemos de forma empática, e não com nossos parâmetros pessoais. É preciso entrar verdadeiramente na realidade dessa mulher para avaliar o quanto ela esteja bem ou não com tal situação, pois mesmo nos parecendo inconcebível, ela pode sim estar muito satisfeita, confortável e feliz.

Sim feliz, por que não? A felicidade é subjetiva, pessoal e construída conforme as necessidades e expectativas de cada um.

Portanto, antes de avaliarmos ou julgarmos a condição de vida ou escolhas de qualquer pessoa, é importante olharmos para dentro de nós mesmos e refletirmos o quanto exercitamos a empatia, a tolerância e o respeito para com essas mulheres.

Ajudar a refletir é mais positivo do que questionar escolhas  

Claro que aqui falamos de circunstâncias que não firam princípios elementares de humanidade e respeito. Portanto, devemos observar e avaliar sempre o nosso papel e a possibilidade de sermos agentes mobilizadores de reflexão e desenvolvimento de mudanças relacionais. Ajudar a refletir é sempre mais produtivo do que questionar escolhas.

Hoje, ainda observamos nas relações, pouco estímulo ao crescimento mútuo. Observamos muito mais uma competitividade entre as partes do que um amparo para que ambos progridam conjuntamente.

É possível nas relações, e se for o desejo do par, viver com leveza, tranquilidade, realização e felicidade. Mas isso tudo requer uma certa dose de habilidade de ambas as partes.  

Viva a sua vida e o seu relacionamento de forma harmoniosa e seja pleno e feliz!

No próximo post, explicarei por que ainda persistem as Amélias em nossa sociedade e por que elas podem se sentir confortáveis, nessa condição.