O mantra coletivo é uma afirmação inconsciente que permeia a visão de mundo e vida de grupos de pessoas. Os idiomas são conjuntos de “mantras” naturalmente geradores de hábitos linguísticos que podem se transformar em comportamentos de saúde ou doença, de alienação ou consciência.
De fato, a percepção da realidade depende do “sistema linguagem – pensamento”. O ”mantra” “Salam”, em árabe, ou “Shalom”, em hebraico, usado para desejar paz, porta significados que passam despercebidos na tradução para o português: integridade física, sanidade, saúde (física e espiritual) e aceitação – entre outros.
No aramaico a conjugação dos verbos começa com a terceira pessoa e termina com a primeira: Ele ama, tu amas, eu amo. No Ocidente começamos tudo pelo eu, refletindo algum grau de egoísmo em nossa realidade particular.
Há línguas em que a relação entre céu e terra é mais notável como as que relacionam os dias da semana aos planetas; em outros tempos vistos como deuses que exerciam influência direta sobre seres humanos e acontecimentos da Terra. Ligações que ainda podem ser visitadas no Inglês (Domingo – Sunday – dia do Sol; Sábado – Saturday – dia de Saturno) assim como no Francês, Espanhol e Italiano, entre outras.
Repetição de ideias e conceitos molda a visão de mundo
É inegável que a repetição de ideias e conceitos molda a visão de mundo assim como nos relacionamos com ele, seja terrena, espiritual ou simbolicamente. Além disso, o idioma pode reforçar ou enfraquecer aspectos e comportamentos humanos.
Mantras coletivos que chamam a atenção
Nesse sentido, alguns mantras coletivos chamam atenção: “La vida es lucha”, dos argentinos; o “Viva la revolución”, entre os nicaraguenses, o “Dolce far niente” dos italianos, “Time is money”, dos americanos e a lei do Gerson ou “Gosto de levar vantagem em tudo” que, curiosamente, ainda prospera no Brasil.
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