Hoje vou lhes contar uma história… Somos seres espirituais, todos nós. Estamos momentaneamente experienciando a matéria, nesses corpos que nos permitem aprender sobre a polaridade. É como se um dia tivéssemos sido um vapor, e então decidimos nos condensar em pedrinhas de gelo.
Eu olho para você, e acho que você é uma pedrinha diferente da minha, mas se o Sol nos derreter, dificilmente vamos saber diferenciar que sou eu e quem é você. Cada pedrinha vive suas experiências, e quando derrete-se no oceano, todas as outras pedrinhas que lá derreteram aprendem com essas experiências.
Tudo o que você vive e aprende se torna disponível para o Todo e isso é a coisa mais linda.
Você está me acompanhando? Então vamos lá…
Nesse lugar de onde viemos, só havia amor, luz, união. Aqui, onde estamos agora, temos a ilusão de que tudo é separado. Não nos lembramos do que estamos fazendo aqui, esquecemos que viemos para aprender sobre as polaridades.
Desejamos apenas a luz, o bem, o amor. Rejeitamos tudo que não se encaixe nisso. Separamos tudo em bem e mal, sem compreender que viemos aqui para criar integração, para unir os opostos.
Como neutralizar o mal?
Ouçam. Nunca sanaremos o mal rejeitando-o. O mal precisa ser aceito e unido ao amor que nos habita. Só assim o neutralizamos. Reflita sobre isso, busque aplicações práticas.
– Onde está o mal em sua vida?
– Como você lida com o mal que te habita? (todos somos bem e mal, não se iluda…)
– Como você lida com o mal que te rodeia?
Lembre-se. Tudo o que você rejeita continua lhe assombrando, entende? Nunca poderemos curar algo usando aquela mesma energia. Por isso é certo dizer que a violência jamais curará a violência.
A cura está na UNIÃO dos opostos, na integração das polaridades, na nossa capacidade de criar unidade.
Encontre o que você rejeita, então feche os olhos e abrace tudo o que vier a você, sem exceções. Abrace a escuridão com a sua luz. Ao fazer isso, derretemos. Não tema perder sua forma. É assim que nadamos juntos de volta para casa. Você não vai perder a si mesmo. Vai se expandir, até se lembrar de que tudo o que existe é você.