A vontade de Deus está na gravidade, no eletromagnetismo, na inércia, assim como em tudo que diz respeito à dimensão física material. Até os animais reconhecem e vivem de acordo com essas leis. Desrespeitá-las, como no caso da gravidade, implica ultrapassar o abismo e mergulhar no desfiladeiro, ao custo da morte.
Com o reino mineral o humano aprende sobre o geotropismo, com o vegetal sobre o heliotropismo, com o animal sobre o egotropismo e finalmente em seu próprio reino se doutora no teotropismo.
A vontade de Deus, para os que pensam além da materialidade e da animalidade, também são as leis morais. Os mandamentos, as assertivas do Tao Te King, os evangelhos, os vedas e tudo o que os sábios nos deixaram são rastros invisíveis, ao olho mediano, da presença e da criação contínua de Deus. Assim como a força gravitacional opera sobre a humanidade, consciente leis morais implícitas no hiato do que acontece. Quando nos elevamos a essas leis e cooperamos, tudo flui; quando nos contrapomos a essas leis, situações desafiadoras surgem.
Leis morais
As leis morais são como um tecido, uma linha com a qual se tece o destino, tão reais como as leis da física em nossa vida. Os mitos e as religiões são reservatórios da experiência humana com relação ao tecido moral. Além do PIB, pode-se ler o estado de desenvolvimento local a partir da observação do tecido legal, cultural e moral das diferentes nações.
A pessoa virtuosa ou no caminho da virtude tem cada vez menos objetivos pessoais e por isso pode perceber a presença divina a transpassando. A pessoa cheia de si não dispõe de espaço para vivenciar Deus; para isso é preciso espaço de “não saber” e de abertura a possibilidades inusitadas. Cada um já viveu um pouco e sabe como a vida pode ser rigorosa ou generosa em diferentes momentos e às vezes milagrosamente ao mesmo tempo!