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“Não consigo me livrar da culpa de ter traído meu marido. O que faço?”

Resposta: Os mecanismos usados pelas pessoas para o autoperdão frente a uma traição variam muito. Alguns vão à igreja confessar-se e se sentem aliviados; outros resolvem contar a verdade e assumir os riscos dessa atitude; outros ainda racionalizam com um “ele(a) mereceu”. Enfim, não existe uma fórmula única para o perdão, cada um tem que refletir sobre como costuma buscar alívio para suas próprias culpas.

Refletir sobre os motivos da traição ajudam a entender como anda seu casamento    

Comece sua reflexão tentando entender o que a levou a trair seu marido. Ele, de certa forma, a magoou? Ou você apenas caiu na tentação de viver um outro relacionamento amoroso mesmo estando casada? Caso a traição tenha a ver com alguma atitude de seu marido, é importante avaliar se a traição é uma vingança e o que uma vingança pode trazer de bom para a sua vida; se a traição se deve a um relacionamento sexual insatisfatório; ou se a traição é uma revanche por suspeita ou medo de uma traição por parte dele. Esses questionamentos a ajudarão a entender se seu casamento ainda faz sentido para você ou se a traição é apenas um primeiro passo para a separação.

Avalie seu código moral pessoal  

Por outro lado, se a traição não está vinculada a comportamentos inadequados de seu marido, se a relação de vocês é boa, e se você apenas teve vontade de experimentar uma nova experiência amorosa, tente reavaliar seu código moral pessoal e entenda se o que você fez, escondida de seu marido, é algo que traz prejuízos a vocês. Certamente a fidelidade faz parte das regras em nossa sociedade monogâmica. Mas nem todo mundo é fiel apenas porque “prometeu”. Traições, tentações, busca de novas emoções estão sempre provocando o ser humano e a maioria, em algum momento da vida, acaba cedendo a esses desafios. Assim, caso a sua traição nada tenha a ver com seu marido, tente entender se você está pronta para assumir o risco de fugir das regras. Na verdade, fugir das regras você já fugiu e depende de você avaliar ganhos e perdas vinculados a esse comportamento. Melhor do que ficar remoendo culpas que apenas criarão ansiedades e não apontarão saídas.

Por fim, avalie com cautela se vale a pena revelar a traição    

Depois dessas reflexões tente entender se sua experiência ficará guardada a sete wp_posts só com você, ou se avalia a possibilidade de rever as regras de seu casamento e rediscutir a questão fidelidade com seu marido. Caso opte por uma “abertura”, faça isso com muito cuidado evitando reações impulsivas decorrentes de insegurança, raiva ou decepção por parte de seu parceiro. Lembrando que abrir o jogo pode ser mais difícil do que lidar com culpas. Verdades nem sempre são toleradas entre os casais, muito embora a ilusão de cumplicidade total seja um dos pilares do amor romântico. Coloque tudo na balança e veja qual a melhor solução para esse enigma em que você se encontra. Afinal, como diz a canção, “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é”.

Atenção!

Esta resposta (texto) não substitui uma consulta ou acompanhamento de uma psicóloga e não se caracteriza como sendo um atendimento.