Da Redação
A dificuldade de ereção ainda é um tabu, que faz com que milhares de homens se sintam envergonhados em procurar ajuda médica. A dúvida de muitos homens é "como abordar o problema com o médico?" E a melhor solução é ser franco e direto sobre o assunto. O médico é a pessoa ideal para se conversar sobre dúvidas sexuais, incluindo a dificuldade de ereção. Ele irá avaliar o quadro do paciente e irá prescrever o tratamento mais adequado. Abaixo, algumas perguntas que todo homem deve fazer para tirar todas as dúvidas a respeito do problema.
1- Por que estou tendo problemas de ereção?
A disfunção erétil é um problema comum a muitos homens no Brasil e no mundo e está ligada a fatores orgânicos e psicológicos. Se o homem tiver alguma doença como hipertensão, colesterol, diabetes e depressão, as chances de apresentar disfunção erétil aumentam significativamente. Entre as causas psicológicas se destacam a ansiedade, medo de falhar, baixa auto-estima, etc.
2- O estresse pode influenciar no meu desempenho sexual?
Sim, o desempenho sexual está intimamente relacionado à qualidade de vida. Quem leva uma vida muito agitada, submetido a pressões, cansaço, rotina pesada, etc, pode ter a vida sexual prejudicada, inclusive com o surgimento da dificuldade de ereção.
3- As causas do meu problema podem ser somente de natureza psicológica?
Sim, estima-se que em grande parte dos casos no Brasil, a dificuldade de ereção seja de origem psicológica. Entre os principais fatores psicológicos estão a ansiedade do homem em relação ao desempenho sexual, conflitos conjugais, problemas com a auto-imagem, baixa auto-estima, estresse, problemas com o meio social ou profissional, fatores de desenvolvimento e educação (crenças sexuais errôneas), transtornos psiquiátricos (depressão, ansiedade, psicoses) e outros transtornos sexuais e de identidade sexual.
4- Qual a melhor forma de resolver o meu problema?
Procurar ajuda de um médico ou de um psicoterapeuta é a melhor solução. Somente um profissional poderá avaliar o quadro clínico do paciente e indicar o tratamento mais adequado. Atualmente, existem opções de tratamento seguras e eficazes, sendo o mais usado deles o tratamento com medicamentos orais, que apresentam níveis de eficácia superiores a 80%. Além disso, a dificuldade de ereção pode ser tratada com injeções e próteses penianas.
5- Se eu usar os remédios, com certeza vou curar minha doença?
Atualmente, não existe cura para dificuldade de ereção, dependendo de sua causa, mas o problema pode ser tratado com os medicamentos disponíveis no mercado, que são altamente eficazes.
6- Eu preciso mesmo tomar um medicamento ou posso resolver meu problema sozinho e ter ereção novamente?
A dificuldade de ereção ainda é encarada com muito preconceito e um grande número de homens considera que o uso de medicamentos é uma prova de que ele tem um problema sexual e isso os faz se sentirem menos homens. Mas o tratamento com orientação de um médico é sempre a melhor maneira de resolver o problema. Só ele pode avaliar o grau da disfunção erétil e recomendar o tratamento apropriado, seja medicamentoso ou psicológico.
7- Se eu tomar um medicamento, quanto tempo vou ter de ereção?
O efeito varia de acordo com o medicamento. Pode ser de 4 a até 36 horas o tempo de ação. Quanto maior o efeito do medicamento, mais liberdade o casal terá para escolher o melhor momento da relação sexual. É importante lembrar que a ereção só ocorre mediante estímulo sexual e que esses medicamentos não podem ser usados por pessoas que tomam medicamentos à base de nitrato ou por pessoas em que qualquer atividade física, incluindo sexo, possa ser desaconselhada.
8- Como posso conversar com a minha parceira sobre o meu problema?
Falar francamente é o melhor caminho. O envolvimento da parceira é fundamental no tratamento, afinal é um problema que afeta a vida a dois. As mulheres estão dispostas a ajudar o parceiro a procurar ajuda e resolver a questão.
9- Quais são as principais contra-indicações dos medicamentos que combatem a dificuldade de ereção?
Os medicamentos são geralmente bem tolerados, mas somente um médico pode avaliar se um paciente deve ou não usá-los. A contra-indicação absoluta é para quem usa algum medicamento à base de nitrato, indicados para o tratamento da angina e infarto do miocárdio. Neste caso, não se deve usar nenhum medicamento para dificuldade de ereção da classe dos inibidores da PDE5 (tadalafila, sildenafila ou vardenafila).
10- Durante o tratamento, posso sentir alguns efeitos colaterais?
Os efeitos colaterais relacionados ao uso dos medicamentos para dificuldade de ereção geralmente são leves, passageiros e desaparecem logo no início do tratamento. Os principais são: rubor facial, dor de cabeça, dor muscular e congestão nasal.
11- Vou ter problema de ereções pelo resto da vida?
Se a disfunção erétil for de origem psicológica, o tratamento psicoterápico pode resolver o problema e fazer com que o homem se sinta seguro e confiante em relação à sexualidade. Se as causas da doença forem orgânicas, é preciso avaliar o quadro clínico do paciente. É possível que as doenças associadas à disfunção erétil, como hipertensão, diabetes, colesterol, e hábitos como o tabagismo, etc., tenham causado danos ao sistema circulatório, que entre outras funções, controla as ereções. Nesse caso, a dificuldade de ereção é caracterizada como um problema crônico e se estenderá pelo resto da vida, devendo ser tratada com orientação de um médico.
12- Vou voltar ao normal se usar algum medicamento para dificuldade de ereção?
O tratamento com medicamentos faz com que o homem seja capaz de ter relações sexuais normalmente. Sob efeito do medicamento, sempre que houver um estímulo sexual, o homem terá uma ereção. O tempo de ação do medicamento também ajuda o homem a se sentir como era antes do surgimento do problema. Quanto maior for o efeito, mais liberdade o casal terá para escolher o melhor momento para a relação sexual, sem se sentir pressionado e preocupado com o fim do efeito da pílula. Assim, o casal não precisa programar as relações sexuais e podem curtir momentos a dois, namorar, relaxar, fatores que também contribuem para um bom relacionamento.
Fonte: Dr. Gerson Lopes – médico e sexólogo