por Margareth dos Reis
"Meu marido tem ereção, mas seu pênis está 'quebrado', torto e não consegue penetrar. Tínhamos uma vida sexual muito boa, mas há uns três anos alguma coisa mudou. Se eu o procuro ele até fica ereto, mas com essa deficiência."
Resposta: Pelo visto, você e seu marido começaram a observar algo de errado com o pênis dele há uns três anos, seguiram percebendo que apesar de obter ereção, ele passou a não conseguir mais penetrar.
Vocês deixaram de ter uma vida sexual boa, mas não ouviram nenhuma opinião médica ainda a respeito do que possa estar acontecendo com ele, não é?
Pois saiba que essa história confirma aquilo que muitos estudiosos têm demonstrado: o cuidado para com a própria saúde não é percebido pelo homem como um expediente ao seu alcance, em especial quando envolve a sua sexualidade.
Apesar dos avanços dos recursos médicos e a ampliação do acesso a esses recursos ocorridos nesses últimos tempos, até pela milenar associação da figura masculina com invulnerabilidade, força e virilidade, tomar iniciativa para marcar uma consulta médica sem se sentir inseguro e/ou constrangido não é uma tarefa fácil para o homem.
Mesmo mais próximo de ambientes, antes só frequentado pelas mulheres, como é o caso do consultório de um obstetra ou de uma sala de parto em que os papais acompanham cada vez mais de perto todo o processo da gestação até o nascimento de seus filhinhos, para chegar até a um médico para falar deles próprios e de suas dificuldades continua sendo um desafio a vencer.
E é nesse ponto que aparece a necessidade mais urgente do seu marido: sair da posição de observador de uma situação que requer um diagnóstico procurando um médico(a) urologista que é quem poderá analisar o que está acontecendo de anormal com o pênis dele, indicar uma conduta de tratamento adequada para o caso, e assim, oferecer orientação apropriada ao casal.