por Ceres Araujo
O Natal é a festa mais importante do cristianismo, talvez a festa mais popular do mundo ocidental. É celebrada tanto por pessoas religiosas como pelos que não o são. É a comemoração do nascimento de Cristo e traz o símbolo da renovação, da possibilidade de sempre recomeçar.
Jesus Cristo é aquele que mostra um novo caminho e um novo sentido de fraternidade. O Natal é também a época da tradição da troca de presentes, tradição tão antiga, já encontrada em povos primitivos.
Na época de Natal, as cidades se enfeitam com luz e música, anunciando a festa da chegada do Papai Noel. Para muitos, o Papai Noel coexiste com a Criança Divina, que renasce a cada ano. É a festa onde se pode mostrar verdadeiramente afeto uns pelos outros, é a festa do amor, da fraternidade e da solidariedade.
Muitas críticas se fazem a respeito do consumismo exagerado que caracteriza nossos dias. Vivemos em uma cultura consumista, mas é ineficaz e mesmo impossível combater a chamada “febre de consumo”. Entretanto, o consumismo pode ser controlável e esta é a função da família: poder avaliar quais os reais desejos e necessidades das crianças.
É importante e é saudável desejar, ter expectativas, sonhar. Mas cabe aos pais, aos avós, à família em geral a responsabilidade de avaliar a compatibilidade do desejo com a idade da criança. Por exemplo: a criança pequena que pede um i phone, ou um jogo de videogame muito agressivo. Quais benefícios estes brinquedos podem trazer?
Existem pais que se esforçam tanto por agradar os filhos, que dão presentes acima de suas possibilidades financeiras no momento. Será que de fato tais presentes são necessários?
Existem crianças que estão sempre querendo um brinquedo novo e que se mostram demais insistentes nas suas solicitações. Ao ganharem o brinquedo, logo se cansam e o descartam. Era o brinquedo assim tão importante ou não?
Ganhar presentes é muito bom, presentear é ainda melhor. As épocas dos presentes – elas são muitas em nossa cultura – trazem a oportunidade de exercer esta função. É importante o aprendizado do saber presentear. Poderemos ensinar isto aos nossos filhos. O valor material precisa ser menos importante que o valor afetivo. Presentear é uma arte, pois implica em descobrir o que para a outra pessoa é significativo. Requer empatia e muita sensibilidade.
Presenteando com uma flor ou com uma joia, com um doce ou com um computador, com uma bolinha ou com jogo eletrônico de última geração, com uma carta ou com um i phone, não importa. O que vale é o afeto que vai junto. Porque sem o afeto, o objeto não é presente.
O Natal como celebração da fraternidade é a ocasião das trocas de presentes. Que sejam também trocas afetivas e amorosas, tão necessárias em nossos dias!