por Roberto Goldkorn
Se há um assunto que mobiliza as opiniões há milênios, é esse: A morte é o fim de tudo versus a morte é o começo de uma forma diferente de vida.
Como a única verdade absoluta na nossa vida é que um dia iremos morrer, as religiões, praticamente todas, se empenharam em dar respostas para esse dilema.
Pelo visto não conseguiram, pois as contradições gritantes entre elas colocaram as suas respostas em descrédito. Claro que sempre há os mais acomodados que adotam esse ou aquele ponto de vista e vão dormir tranquilos.
Os materialistas/céticos fazem a mesma coisa, para eles “morreu morreu” ponto, encerrado o assunto e vão para casa dormir “tranquilos”.
Tanto o ponto de vista das religiões quanto dos materialistas céticos são apenas “pitacos”, opiniões de segunda, terceira, quarta mãos, reproduzidas por modelos culturais adotados por ignorância.
Quando discuto com os materialistas eles sempre se saem com essa maravilha da engenharia dialética: “Se houvesse vida depois da morte por que nunca ninguém voltou para contar?” E ainda dão sorrisinhos debochados.
No fundo os materialistas estão doidos para que alguém os convença nos termos deles, dentro dos conceitos materialistas deles. Um dia isso talvez aconteça.
Mas eu tenho meus próprios termos, meus próprios paradigmas.
Acredito que uma outra vida exista após a morte física por diversas razões, todas muito evidentes (para mim).
Primeiro: observando a natureza. A ideia de morte na Natureza é risível. Tudo se transforma e vai alimentar novamente a vida, tudo está interligado a uma poderosa e superior cadeia de vida.
Quando a ciência pensava que a vida só era possível sob o beneplácito do sol, descobre-se que no fundo escuro do mar há mais vida que na superfície. Sem fotossíntese, a vida vegetal (que atrai a animal) faz “quimiossíntese” gerada pelas chaminés de fontes hidrotermais com o calor e nutrientes que vêm do interior da terra. Zilhões de bactérias sustentáculos da vida se alimentam de gases ultravenenosos no ambiente mais hostil imaginável.
Segundo: as “mortes” estão por toda parte e no entanto nada some, nada desaparece de vez. A menina sangra “mortalmente” para se transformar em mulher, e isso não é apenasmente poesia, é fisiologia.
Como o menino não sangra, as sociedades encomendaram sangramentos ritualísticos, que pudessem assinalar essa morte da criança e o advento do adulto. Os ritos de iniciação são (ou pelo menos eram nas sociedades tradicionais) a reprodução cultual universal dessa morte de um status e o renascimento em outro.
A lagarta morre e dá a vida à borboleta, o ovo morre e dá a luz o pintinho. Por todo lado para onde se OLHE vemos a morte ensejando a nova vida.
Essa é a lição desse livro sagrado que é a natureza tanto externa quanto interna.
Terceiro: nem precisamos falar das “transgressões” mediúnicas onde o estado gasoso conversa com o sólido, ou em outras palavras – energias inteligentes sem corpo, conversam com energias inteligentes com corpo através de um meio físico (quase sempre). As evidências da intermediação mediúnica (não seria redundância?) são abundantes, apesar de negadas pelas religiões e pelos céticos, por razões óbvias. Isso porque o médium já é um meio ou seja um intermediario entre o mundo espiritual e o físico. Em algumas seitas espíritas é chamado de cavalo ou ferramenta, já que através dele os espíritos se comunicam com os encarnados.
Ah, já ia me esquecendo, para responder a debochada pergunta dos materialistas/céticos: Por que ninguém jamais voltou da morte para contar aos vivos?
Porque eles certamente têm mais o que fazer.