Por Anette Lewin
Fiquei sem entender o que aconteceu
Resposta: Em geral as pessoas dão sinais quando algo muda. Talvez você, por estar apaixonada, não notou, ou melhor, não quis percebê-los. Faça uma retrospectiva do seu relacionamento tentando rever os últimos tempos. Será que não houve nenhum silêncio, nenhum olhar perdido, nenhuma desculpa mal contada? O amor não se define apenas por gestos carinhosos, ele exige uma atenção constante e uma sensibilidade que vai além dos agrados e presentes. Aliás, não são poucas as vezes em que o presente vem para encobrir outras carências. Não posso te dizer o que aconteceu com ele, mas repense a atenção que você deve prestar quando se relaciona com alguém. Os relacionamentos amorosos exigem muita sensibilidade, muito cuidado e, sobretudo, muita renovação para sobreviverem.
Tenho 57 anos, terminei um relacionamento e estou muito triste
E não consigo me concentrar em nada
Resposta: Terminar um relacionamento amoroso, em qualquer idade, dói. Essa dor não precisa estar necessàriamente ligada à rejeição, mas à perda dos sonhos, dos planos a dois, das possibilidades de troca afetiva, etc. Procurar uma terapia agora poderá ajudá-la principalmente a recuperar sua auto-estima e continuar disponível para novos afetos. Tem gente que, nessas situações, acaba desistindo do afeto para se poupar do sofrimento da perda, e esquecendo que é sempre melhor sofrer pelo que a gente teve do que pelo que não teve.
Sem coragem para terminar
Ele me trata muito mal, nossa relação vai de mal a pior, mas não tenho coragem de terminar
Resposta: Você descreve seu relacionamento mais como um castigo do que como um namoro. O que você fez para merecer esse castigo? Qual o sentido de colocar alguém assim em sua vida, apenas por carência? Será que a história é assim mesmo? Ou será que você é que é muito exigente e só consegue enxergar as coisas ruins do namoro? Talvez você deva fazer uma análise mais profunda desse relacionamento e tentar descobrir se existe algo a ser salvo. Caso descubra aspectos positivos, tente dividi-los com ele ao invés de apontar apenas o lado ruim. Você já reparou que quando criticamos uma pessoa, em geral, ela tende a atacar para se defender? E que quando elogiamos essa mesma pessoa ela tende a se abrir e retribuir esse elogio? Em outras palavras, muitas vezes somos nós mesmos que moldamos o comportamento de quem está ao nosso lado. Pense nisso e decida.
Atenção!
As respostas desta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um profissional de psiquiatria e não se caracterizam como sendo um atendimento