por Emilce Shrividya Starling
Essas são perguntas essenciais que a Filosofia do Yoga nos ensina a contemplar em nosso aprendizado na Terra.
Devido à nossa forte identificação com este corpo físico, achamos que somos esse corpo. Porém, não somos realmente o corpo físico. Somos um espírito imortal que está vivendo em um corpo por um tempo passageiro.
Como diz o Yoga: “Não “nascemos” quando o corpo vem para esse mundo e não ‘morremos” quando a força vida sai deste corpo nas asas da última exalação.”
No entanto, geralmente, estamos fortemente ligados e identificados com o corpo pensando que a vida desse corpo é nossa própria vida. Estamos também muito envolvidos pela mente que pensa continuamente e cria mundos internos através da imaginação.
Atrás dessa compreensão errônea está o ego que se identifica com o corpo, com a mente, emoções, sentimentos e com tudo que nos acontece. O ego diz para si mesmo: “Isso é meu. Isso está acontecendo para mim.”
O processo interno do Yoga que chamamos de sadhana, que são as práticas espirituais feitas com regularidade, visa nos libertar do ego.
O que chamamos de realização ou liberação no Yoga é estar livre da identificação com as experiências físicas, mentais e emocionais.
É muito bom e válido melhorar o corpo, a mente e equilibrar as emoções, mas precisamos descobrir quem somos realmente. Precisamos ter o conhecimento interno de que não somos essa pequena existência humana.
Assim, contemple agora:
Quem sou eu?
Primeiro, o Yoga lhe responde o que você não é.
O Yoga diz :
“Você não é seu corpo mortal e passageiro.
Você não é sua mente inquieta .
Você não é seus pensamentos e emoções.”
Assim, você pergunta novamente: Quem sou eu então?
E, o Yoga lhe responde:
“Você é mais radiante que o Sol.
Você é mais puro que a neve.
Você é mais sutil que o éter.
Você é o Ser interior, imortal, que brilha mais que mil sóis.”
Não basta compreender isso intelectualmente ou na teoria, precisamos da práticas espirituais do Yoga para vivenciar essa Verdade que somos a Consciência divina que habita em nós.
O propósito do Yoga é despertar nossa energia espiritual interna para que possamos perceber e sentir o Ser interior divino.
Quando esse despertar interior acontece, somos transformados e nossa vida passa a ter mais propósito e alegria.
Com a mente criamos nossa própria realidade pessoal. E, as aparentes diferenças entre nós se originam na mente. Todavia, todos nós compartilhamos a mesma Consciência divina do Ser, o mesmo Eu Superior.
Antes de ter essa consciência, a pessoa se diminui, se julga pecadora, inútil e indigna. E dessa maneira cria seus próprios problemas. Ela precisa entender que ninguém é responsável pela sua tristeza ou alegria. Ela mesma cria suas coisas boas e ruins e experimenta o que criou com seus pensamentos, palavras e ações.
Deveríamos perceber quando estamos aborrecidos, reagindo às coisas, desgostando do nosso cotidiano e parar para observar se estamos presos pelas aparências externas e pelas projeções da mente.
Se não tivermos o conhecimento do nosso próprio Ser interior, nós nos tornamos dependentes dos outros, das coisas externas e de nossa mente negativa.
Assim, o Yoga nos ensina que o verdadeiro propósito de nossa vida é reconhecer nossa própria Consciência divina como o Ser interior universal que habita em todos nós.
Esta é a Verdade básica de todos os caminhos autênticos, tradições e religiões.
Mas como esta Verdade pode ser conhecida? Como ela pode ser experimentada?
Não podemos entender isso apenas lendo, ouvindo em palestras ou superficialmente. Isso acontece em um nível mais profundo. Acontece quando entramos em contato com a energia espiritual divina em nosso interior através das práticas do Yoga, como meditação, canto de mantras e repetição do mantra.
Um mantra é a vibração sonora do Ser interior. E quando colocamos nossa atenção consciente no mantra em vez dos pensamentos costumeiros, somos naturalmente atraídos para o espaço do Ser interior.
Existem muitos mantras poderosos como Om (som primordial) Om Namah Shivaya (Eu honro a Consciência divina em meu interior) Om Mane Padme Hum (Eu sou a joia que brilha no interior do Lótus).
O mantra é em sânscrito em vez de português, porque o som do sânscrito tem uma vibração correspondente ao significado. Desse modo, a repetição de um mantra não é apenas um exercício mental, mas tem efeito vibratório em todos os níveis, tanto fisicamente, mentalmente, emocionalmente e psicologicamente.
A eficácia da prática da repetição de um mantra corresponde ao nosso sentimento de amor e à nossa atitude de reverência pela divindade. Se tivermos apenas uma consideração mental, essa prática se torna superficial e vazia.
Clique aqui e aprenda a meditar e relaxar. Pratique e vivencie que você é o Ser interior. Pratique e transforme-se para melhor. Namastê! Deus em mim reverencia Deus em você! Fique em paz!