por Margareth dos Reis
"Ou isso seria uma questão de gênero: homens olham mais a atração física e a mulher o afeto?"
Resposta: A ciência nos diz que a atração sexual é basicamente o resultado de um coquetel de substâncias químicas liberadas pelo cérebro.
De fato, mexe com todos os órgãos dos sentidos e o motivo da intensificação das respostas sensoriais ao mesmo tempo, é uma experiência pessoal cuja explicação não é tão simples nem exclusiva. A vibração que a pessoa experimenta na atração sexual representa o alimento erótico que pode ou não movê-la em uma dada direção. Mas, a inquietação dessa vibração é inexorável. Entretanto, a pessoa pode se sentir atraída pelas idealizações que faz da outra, a partir das construções fantasiosas a respeito de uma imagem desejada.
Para os homens o tipo físico pode ser um forte estímulo para despertar seus desejos sexuais. Porém, as suas expectativas de prazer podem não se confirmar diante da oportunidade de um contato real com o seu objeto de desejo. Já para as mulheres pode ser mais comum ocorrer atração sexual pela expectativa de estar diante de alguém potencial para um relacionamento, e isso também não se confirmar.
Guardadas as devidas diferenças, ambos podem se frustrar com a prova da realidade. Isso significa que o estímulo que serve de gatilho para a atração sexual é, antes de tudo, um produto da fantasia de desejo de cada um e, como tal, repousar muito mais no reino das idealizações. Desejar o que mais atrai é algo que perpassa a história de vida das pessoas, independente das escolhas individuais de envolvimento íntimo que ela faz.
Portanto, o prazer sexual pode surgir ora por um aspecto específico que seduz, ora por outros aspectos que se somam e elevam a expectativa de prazer ao auge; e coexistir em harmonia com todo material erótico que turbina o imaginário de cada um.