Da Redação
Dia 26 de abril é Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial.
Na maioria dos casos, a hipertensão não tem causa aparente e nem apresenta sintomas.
A hipertensão é facilmente identificada por especialistas. Porém, por não apresentar sintomas, sua presença é desconhecida por metade dos doentes, segundo o Ministério da Saúde.
Muitos pacientes são diagnosticados somente após um infarto do miocárdio ou um acidente vascular cerebral (AVC), motivo pelo qual os médicos se referem à hipertensão como "assassina silenciosa".
Doença crônica apontada pelos profissionais de saúde como a de maior incidência nos atendimentos em 2008, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a hipertensão arterial ocorre quando a pressão feita pelo sangue na parede das artérias é muito forte. Segundo o cardiologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Dr. José Marcos de Góis, a maioria dos casos de pressão alta não tem suas causas definidas e é chamada de hipertensão arterial essencial ou primária. "Os demais casos são consequência de doenças renais, tumorais, estreitamento de artérias ou alterações hormonais", detalha o especialista.
O controle clínico regular garante o diagnóstico. "Basta ir anualmente a um médico, seja ele clínico geral ou especialista, para ser diagnosticado. O profissional de saúde se certificará se a pressão do paciente está dentro dos limites considerados normais, menor ou igual a 12 por 8", explica Góis.
Quem tem mais propensão a ter pressão alta?
As pessoas com maior propensão a serem hipertensas e que devem estar mais atentas são:
– quem têm familiares com a doença;
– diabéticos,
– quem tem excesso de peso;
– quem consome bebida alcoólica com frequência ou em excesso;
– quem ingere alimentos com muito sal ou não têm uma alimentação saudável (produtos industrializados).
Há uma incidência maior da pressão alta nas pessoas após a 5ª ou 6ª década de vida", reforça o cardiologista. Conforme o Ministério da Saúde, 35% da população acima de 40 anos têm hipertensão, o que totaliza 17 milhões de brasileiros.
Consequências da pressão alta no organismo
Caso não seja tratada adequadamente, a hipertensão pode gerar:
– insuficiência cardíaca;
– maior risco de derrame cerebral do tipo isquêmico ou hemorrágico;
– arritmias;
– hipertrofia miocárdia (aumento do coração);
– infarto;
– insuficiência renal;
– aceleração do processo de aterosclerose e alterações vasculares que comprometem a visão.
Dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão mostram que a doença é responsável por 80% dos derrames, 40% dos infartos e 25% dos casos de insuficiência renal terminal.
Como controlar a pressão alta?
Embora a hipertensão arterial seja uma doença crônica e sem cura, ela é perfeitamente controlável com a adoção de um estilo de vida saudável e consumo correto dos medicamentos prescritos por médico, se necessário.
Segundo o cardiologista, o hipertenso deve desempenhar atividades físicas regularmente; parar com o consumo frequente e excessivo de bebidas alcoólicas; abandonar o tabaco (cigarro, charuto e cachimbo); evitar o estresse, enfrentando os problemas com calma ou diminuindo o ritmo das atividades; e manter uma alimentação equilibrada com pouco sal e controlar seu peso.
"É essencial que o paciente tenha orientação quanto à sua alimentação, siga o tratamento, compareça as consultas com a frequência estipulada e tome a medicação conforme a orientação médica", conclui.