por Luiz Alberto Py
Existem pessoas que assumem a responsabilidade por elas mesmas e por seus atos. Quando erram, admitem o erro e procuram consertá-lo. Pedem desculpas quando necessário e, com dignidade, enfrentam suas dificuldades e suas responsabilidades. São pessoas em quem podemos confiar.
Olham de frente para os problemas, encaram com franqueza os que os questionam e se comunicam com sinceridade. Falam o que pensam de forma transparente e sem espertezas nem malandragens. São corretas e não estão preocupadas em se dar bem.
Outras, ao contrário, fazem da mistificação sua arma. A elas não importam os resultados, mas as aparências. São mestres em conversa fiada, afirmam que não erram nunca e sempre se dizem inocentes. Procuram jogar a culpa de seus desacertos nos outros e abusam de ironias e de um humor doentio, apoiado em falsidades. Não têm escrúpulos e mentem ao verem uma possibilidade de fazer os outros acreditarem em suas palavras.
Não é apenas na vida pessoal e profissional que encontramos pessoas assim. Lamentavelmente, entre os políticos aparecem muitos com esse comportamento. Vale a pena observar os nossos dirigentes principalmente em situações de crise e nos lembrarmos das atitudes deles na hora de exercermos o direito de votar e escolher os nossos líderes e representantes. A meu ver, isso é mais importante do que mistificações ideológicas que escondem falta de caráter e de competência.