Previna-se de dívidas nos seus relacionamentos

por Eliana Bussinger

Tanto o homem como a mulher estão suscetíveis ao que está se convencionando chamar de dívidas de relacionamento ou, dívidas sexualmente transmitidas, como é o termo cunhado pelas associações feministas da Austrália e da África do Sul.

Continua após publicidade

As mulheres representam 95% das vítimas desse tipo de problema, já que são mais influenciáveis pela pressão que os homens exercem nos relacionamentos.

Muitas mulheres contraem dívidas no relacionamento pelos mesmos motivos que contraem doenças ocasionadas no sexo. A pressão que alguns homens impõem para dispensar o sexo com proteção (muitas mulheres acabam transando sem camisinha por medo ou por confiar e acabam se contaminando com vários tipos de doenças, algumas letais) é muito semelhante àquela imposta para colocar a mulher em situação crítica de endividamento.

As mulheres emprestam dinheiro a seus parceiros por vários motivos, entre eles:

Ingenuidade: dão garantia a seus parceiros na compra de um carro, na abertura de negócios muitas vezes mirabolantes ou simplesmente assumem dívidas junto aos bancos e financeiras para financiar o parceiro, e fazem isso muitas vezes sem ler contratos ou compreender as conseqüências de um default (falta de pagamento).

Continua após publicidade

Medo

Muitas mulheres temem que ao negar um empréstimo, um endosso ou uma fiança, ou até mesmo a assinatura de um contrato sem ler passem a impressão de não confiar no parceiro, de não estarem integralmente envolvidas no relacionamento. Algumas mulheres chegam a assinar procurações com cessão ilimitada de direitos e só descobrem que até mesmo a casa em que moram foi vendida quando o casal se separa.

Dicas para evitar dívidas em relacionamentos

Continua após publicidade

1ª) Não permita que seu parceiro (ou parceira) assuma total controle da administração financeira do casal

2ª) Não assine nada sem ler antes e entender completamente as cláusulas, os termos e as condições e, obviamente, quais seriam as conseqüências de uma inadimplência.

3ª) Em caso de conta conjunta e investimentos, assegure-se de que seja necessário a assinatura de ambos, caso haja um volume financeiro que possa comprometer alguém em caso de retiradas excessivas.

4ª) Aprenda, de uma vez por todas, que o fato de amar alguém não significa que você deva confiar cegamente nessa pessoa. O amor não é cego e os contratos não são em braile. Portanto, essa desculpa não cola nos tribunais.

5ª) Se você ganha mais do que seu parceiro, em caso de confusões da parte dele é atrás de você que os credores irão. Portanto, cuidado redobrado se esse for seu caso.

6ª) Uma boa dica é saber se a dívida que você está contraindo beneficia somente o seu parceiro. Se esse for o caso, reconsidere.

7ª) Se você tiver qualquer dúvida com relação à assinatura de qualquer contrato consulte um advogado. Infelizmente, a melhor forma de evitar o contágio – assim como as doenças sexualmente transmitidas – é a prevenção.