Da Redação
O leite materno é um excelente alimento desde os primeiros dias de vida por conter vitaminas, minerais, gorduras, açúcares e proteínas que são apropriados para o organismo do bebê. Além de possuir muitas substâncias nutritivas, também é uma ótima fonte de defesa, o que dificilmente é encontrado em outros tipos de leite. A Organização Mundial de Saúde recomenda que a criança seja amamentada até o sexto mês.
Segundo a enferemeira obstetra Daniela Vieira de Lima, o leite materno é adequado, completo, equilibrado e fundamental para o bebê. “Por esses motivos, a amamentação deve ser estimulada desde o ambiente hospitalar e a enfermeira obstetra tem um papel importante para disseminar a maneira correta do aleitamento materno nas primeiras horas de vida da criança. As orientações oferecidas às mamães proporcionam uma amamentação bem-sucedida e possibilita o esclarecimento de dúvidas persistentes durante toda a gestação, eliminando assim alguns mitos. O resultado é bastante positivo e significativo, pois as mulheres dão continuidade a essa prática em casa”, afirma.
A amamentação traz diversos benefícios ao bebê por facilitar na digestão, no funcionamento de seu intestino e melhora o desenvolvimento neuropsicomotor e social da criança. Além disso, minimiza problemas ortodônticos e fonoaudiólogos associados ao uso de mamadeiras e chupetas.
Esta prática também faz bem à saúde da mãe, proporcionando a diminuição do sangramento vaginal no pós-parto e ocorrência de desenvolver câncer de mama e ovário, além de favorecer a involução uterina, perda de peso materno e as chances de depressão pós-parto são bem menores.
No período da gestação as mamas são preparadas para produzir o leite devido aos hormônios estimulados pela futura mamãe e após o nascimento, o próprio bebê dá continuidade na produção por meio da sucção correta. Porém, existem alguns fatores que podem diminuir a quantidade de leite como a amamentação incorreta; imposição de horários rígidos, desrespeitando o ritmo do bebê; uso de complementos como água, chás, outros tipos de leite, bicos ou mamadeiras; tensão emocional e cansaço.
Pensando no bem-estar da mamãe e do bebê, a especialista ensina a forma correta da amamentação. Confira algumas dicas preparadas especialmente para as gestantes de primeira viagem:
Dicas para amamentar seu filho corretamente
• A amamentação na primeira hora de vida deve ser aplicada;
• As mãos devem ser lavadas com água e sabão antes de amamentar;
• O local de amamentação deve ser tranquilo e confortável;
• Analisar antes da amamentação, a flexibilidade mamilo-auréola, realizando ordenha se necessário, até ficarem macios e flexíveis e o leite sair;
• No início da mamada, para auxiliar a pegada do recém-nascido na mama, a mão pode estar aberta em forma de tesoura (indicador acima da auréola e dedo médio abaixo) ou de concha (polegar acima da aréola e indicador abaixo da aréola como um C);
• A postura mãe e do bebê deve estar adequada;
• O bebê deve abocanhar o mamilo e a maior parte da auréola. Para facilitar, pode estimular o reflexo de mamada encostando o mamilo nos cantos da boca ou no lábio inferior dele. A maior parte ou toda a auréola deve estar na boca do bebê;
• O bebê deve estar com a posição da boca correta em relação ao mamilo e mama. A boca de estar bem aberta, com os lábios evertidos;
• O rosto do bebê deve estar próximo a mama, com o queixo encostado e o nariz afastado;
• O fim da mamada acontece com a solta espontânea do bebê;
• Ao término da amamentação, a fim de evitar broncoaspiração é recomendável posicional o bebê para favorecer a eructação. Este deve ser colocado em pé com a cabeça apoiada no colo ou no ombro da mãe;
• Ao retirar o bebê do peito, o mamilo deve ter a mesma aparência que apresentava no início da mamada, só um pouco mais longo;
• É recomendável antes e depois da amamentação aplicar o próprio leite-nos mamilos;
• As mamas devem ser lavadas durante o banho.