Propaganda em pontos de venda influencia iniciação de tabagismo, indica pesquisa

Da Redação

Pesquisa da Aliança de Controle do Tabagismo – ACT encomendada ao Instituto Datafolha mostra que a maioria da população brasileira concorda que a exposição dos cigarros nos pontos de venda (PDV) tem influência no tabagismo, tanto para crianças e adolescentes, como para os adultos.

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Os dados apontaram que 74% dos entrevistados acham que a exposição dos cigarros influencia a iniciação de crianças e adolescentes, enquanto que 66% acreditam que influencia na compra de cigarros por adultos, sendo que 54% dos que responderam eram fumantes.

De forma coerente, a maioria da população, 64%, é favorável à opinião de que “os cigarros devem ficar escondidos da visão do público em geral”. Mesmo entre os fumantes, essa posição tem adesão da maior parcela (51%). Os fumantes leves, de até 10 cigarros por dia, são mais favoráveis ao “ocultamento” das marcas de cigarros, enquanto os fumantes pesados discordam: 45%.

Apenas 26% dos entrevistados concordam com a exposição dos cigarros de forma visível nos PDVs, da forma como é feita atualmente.

Foram realizadas 2.544 entrevistas, representativas da população com 16 anos ou mais, de todas as classes econômicas, entre 27 e 31 de julho de 2010, em 160 municípios brasileiros.

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Estudos sobre fidelidade à marca mostram que a maioria dos fumantes não costuma trocá-la por outra. Quando o faz, 75% mudam para outra marca do mesmo fabricante. Para a ACT, os investimentos milionários em publicidade parecem não se justificar economicamente, a menos que fossem para atrair novos consumidores, pois o mercado é bastante estável e os fumantes, tanto aqui como em outros países, muito fiel à marca que fuma.

“Os adultos fumantes sabem perfeitamente bem onde comprar suas marcas preferidas, não precisam de letreiros luminosos e atraentes para decidir qual cigarro fumarão. Esses letreiros são para atrair novos consumidores, especialmente os jovens. Esconder os cigarros da visão do público em geral é uma tendência mundial e uma questão de ética”, diz Paula Johns, diretora executiva da ACT.

 

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