Esquemas são estruturas psíquicas e cognitivas que se formam no decorrer da primeira e da segunda infância; entenda
Todos nós possuímos esquemas. E o que eles são?
Esquemas são estruturas psíquicas e cognitivas que se formam no decorrer da primeira e da segunda infância, principalmente, e vão concomitantemente acontecendo e se fortalecendo no nosso sistema límbico, o responsável por nossas emoções, durante a construção da nossa personalidade.
Eles nascem e se formam quando as nossas necessidades emocionais e afetivas não são supridas por nossas figuras de apego. Quem são essas figuras de apego? As figuras iniciais são os nossos pais ou cuidadores, mas também vão sendo transferidas para um avô ou uma avó, um tio ou tia, um professor. Entendeu?!
Chamamos esses esquemas que mencionei de Esquemas Iniciais Desadaptativos (EIDs).
Então quando somos crianças, temos demandas e necessidades, afinal não conhecemos ainda como esse mundo funciona, o que sentimos de verdade e ainda estamos em formação de personalidade. E quando sentimos que as nossas necessidades não são acolhidas e supridas, vão acontecendo a formação e o fortalecimento desses esquemas (EIDs).
Esquemas criam as lentes na nossa forma de enxergar o mundo
Eles são formados a partir da interação do temperamento pessoal com um ambiente que não atende às nossas necessidades emocionais básicas. São esses esquemas disfuncionais que norteiam o aparecimento e a manutenção dos padrões problemáticos complexos e duradouros em todos nós. Ou seja, eles são responsáveis por criarem lentes na nossa forma de enxergar o mundo. Assim, reagimos às demandas do mundo de acordo com os nossos esquemas que foram formados, lá na nossa infância.
Então, por hoje, fiquemos com a reflexão de que tudo que vivemos na nossa infância e na formação da nossa personalidade influencia quem somos, como pensamos e como agimos hoje. Finalizo com uma frase linda da saudosa Lya Luft: “A infância é o chão sobre o qual caminhamos o resto dos nossos dias”.
Karina Simões
Psicóloga Clínica Cognitivo-Comportamental; Mestre em Psicologia Clínica e da Saúde - UFP - Universidade Fernando Pessoa em Portugal. Defendeu a sua dissertação com excelência e nota máxima sobre: “A interferência das redes sociais nos relacionamentos”. Especialista em Psicologia da Saúde, Desenvolvimento e Hospitalização – UFRN; Especialista pela Faculdade de Medicina do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da USP – SP. Foi professora da Pós-graduação em Psicologia – Terapia Cognitivo-Comportamental (Unipê). Há 20 anos atendendo na clínica a adolescentes, adultos, casais e famílias. Membro da Federação Brasileira de Terapias Cognitivas - FBTC. Mantém o Blog próprio desde 2008. Mais informações: www.karinasimoes.com.br. Atendimentos com consultas presenciais ou online
