por Lilian Graziano
A despeito das críticas aos livros que preenchem as prateleiras de autoajuda nas livrarias, é preciso dizer que muitas publicações de divulgação científica, embasadas em pesquisas sérias, acabam indo parar nesse departamento no Brasil. Talvez por uma percepção do mercado nacional de que assim venderão melhor. Isso ocorre e muito com livros escritos ou organizados por renomados PhDs e cientistas estrangeiros, depois de seus textos serem vertidos para o Português, em campos como saúde e comportamento. Não é diferente do que ocorre com os principais títulos da Psicologia Positiva (PP), fortemente embasada em estudos científicos do desenvolvimento humano. Não ficam de fora dessa história nem doutores e especialistas brasileiros e suas publicações.
Gostaria de destacar como essa “autoajuda” de qualidade desempenha um papel importante para seus leitores leigos, sendo porta para autoconhecimento orientado por fontes seguras. Muitas vezes tornam-se primeira referência para aprofundamentos em diversas questões tanto pessoais quanto acadêmicas, estimulando outras leituras. Trata-se de divulgação científica, reforce-se. E foi por meio desse tipo de literatura que encontrei, em meu projeto de doutorado, que seguia um caminho totalmente diferente do que se concluiu, a linha de pesquisa da minha vida… a PP.
Pois bem. Sob essa crença, de que é preciso abrir portas para o autoconhecimento bem dirigido e aos insights acadêmicos, empreendemos, no instituto que dirijo (Instituto de Psicologia Positiva e Comportamento – IPPC), uma revista que tem o mesmo papel dos livros mencionados: tocar os leigos e despertar profissionais e estudiosos do desenvolvimento humano, desta vez para a chamada Ciência da Felicidade, ou seja, a própria PP. Isso com artigos, resenhas, notas e entrevistas que trazem bibliografia de credibilidade, mas com linguagem simples – afinal, a Psicologia Positiva é um movimento multidisciplinar, que não está restrito ao “psicologuês”.
Desde outubro, está à disposição de leitores interessados nossa revista eletrônica para tablets e smartphones (Android e iOS), a Make it Positive, ou MIP Mag, como já a apelidamos. O primeiro número apresenta a abordagem e traz informações sobre sua aplicação, em um agradável projeto gráfico. O segundo se aprofundará em diversas práticas e temas relacionados, como mindfulness, bem-estar, flow, dentre outros assuntos também tratados nesta coluna (veja aqui), também com excelente tratamento visual
Basta baixar o aplicativo e, com ele instalado, baixar a edição disponível que mais lhe agradar (tenho certeza de que baixará todas que encontrar, a cada número atualizado!). É grátis, e o download pode ser feito por meio do site www.makeitpositivemag.com
Numa tentativa de ampliar o olhar sobre a Psicologia Positiva que se pratica no Brasil, a revista tem seus textos também em inglês, num diálogo com as principais entidades internacionais que estudam e divulgam esse movimento (e também sob apoio de instituições brasileiras da área)
Também estou por lá, com meus artigos, o que não dispensa, caro(a) leitor(a), a leitura dos textos publicados neste espaço. Afinal de contas, são canais diferentes, ainda que imbuídos da mesma intenção – o que escrevo aqui não passa de uma crônica daquilo que se aprofunda lá, mas em ambos os casos pretendo inspirar aprofundamentos e quebrar os paradigmas relacionados a uma vida bem vivida, sob uma felicidade sustentada, duradoura e real.