por Tatiana Ades
Atualmente ocorre uma guerra repleta de controvérsias sobre a orientação sexual de cada pessoa.
Digo isso porque terapeutas estão chocando a sociedade com terapias de reorientação social, ou seja, oferecendo a absurda "possibilidade" de mudança da orientação homossexual (homossexualidade) para a orientação heterossexual, através de métodos comportamentais e outros.
Nessa briga, as religiões entram com tudo e muitas apoiam as "técnicas" dessa "terapia reparativa".
Muito me admira esses profissionais e figuras públicas religiosas, afirmarem que a pessoa muda de sexo como muda de profissão.
Questiono então:
– Se um heterossexual aparecer num consultório desses ou igreja pedindo para virar gay qual seria a reação?
Advertência superimportante: a pessoa nasce heterossexual ou homossexual. Assim a sua orientação sexual não se trata de uma questão ambiental ou social, mas sim de identidade e sexualidade.
Por que é tão difícil aceitar a minoria?
O preconceito ainda se mantém ativo e vemos jovens gays sendo mortos a sangue frio. Mesmo homens que são amigos, se andam abraçados na rua, tornam-se alvo de chacotas.
O que está por trás dessa raiva? Por que querer modificar a natureza humana?
Na minha opinião, muitas pessoas preconceituosas — cruéis e narcisistas que enxergam nelas mesmas o modelo ideal — carregam o ódio por algo ou alguém em que possam descarregar, a amargura e a raiva perante a vida; descartando e desprezando qualquer outra forma de afeto e sexualidade.
Casais gays querem ter seu espaço e merecem poder amar de forma real e protegida.
Ninguém deve praticar a promiscuidade, seja um hetero, seja um gay; devemos respeitar os outros que estão à nossa volta, mas isso é um comportamento que independe da orientação sexual, mas do caráter e conduta ética de cada um.
Eu já vi vários casais héteros com atitudes bem libidinosas em locais públicos. Mas por que esses não são "condenados"? Por que só apontamos o dedo quando o casal é do mesmo sexo?
Amor antes de mais nada significa respeito por nós mesmos e isso significa saber respeitar o outro; aceitar que somos seres com universos diferentes e que os nossos gostos e afetos divergem dos de outras pessoas.
Ao aceitar a diversidade e entender o universo alheio, poderemos ter uma vida mais calma e um estado emocional mais maduro.
Aceitar as diferenças é sinal de ser uma pessoa bem resolvida e feliz consigo mesma.Difícil tarefa que todos deveriam aprender a praticar.
Ao mundo GLBT e seus amores, deixo meus votos de respeito e amor por sua coragem e luta!