por Roberto Santos
"Nos últimos dois anos, participei de oito processos seletivos para atuar como executivo, às vezes até concorrendo com 30 pessoas. Mas não logrei êxito na última fase, com três ou dois candidatos. Para minha surpresa, nas duas últimas, o feedback foi o de que tenho elevada autoestima. Então pergunto: Quais são as vantagens e desvantagens de uma boa autoestima para um executivo?"
Resposta: Seu CV parece muito bom para ter dificuldades nos processos seletivos. Estranho a colocação das empresas que atribuem a escolha de outros candidatos pela sua elevada autoestima.
Entretanto, existe uma tendência de comportamento que transforma um ponto forte exacerbado em um ponto fraco. Segundo pesquisa da Lominger, Inc – empresa americana focada em competências de sucesso, uma característica que diferencia os altos potenciais dos demais é o autoconhecimento. Estes talentos são juízes mais críticos de suas habilidades ou mancadas, do que seus próprios avaliadores. Eles usam esse ingrediente para apoiar seus esforços de autodesenvolvimento contínuo. Dessa forma, eles correm menos riscos de tropeçar na carreira por se acharem melhores do que são de fato. A fórmula a ser manipulada para prevenir os problemas de "arrogancite", começa com duas orelhas bem abertas para receber feedback e orientações.
Clique aqui e leia meu artigo sobre o tipo “arrogante”. Acho que ao lê-lo, poderá entender sobre o quê me refiro. O exagero da autoconfiança, autoestima, pode fazer, principalmente quando estamos sob estresse, que mostremos prepotência, arrogância e superestimativa de nossas habilidades, sem nos darmos conta.
Leia o artigo, e espero que consiga ajudá-lo. Além disso, se puder, leia o livro: 'Por que os Executivos Falham', de Peter Cairo e David Dotlich, que trata deste problema e outras dez tendências de descarrilamento de carreira.