Por Joel Rennó Jr.
Aspectos fisiológicos, como a dança dos hormônios e seus papéis no organismo feminino, ainda são pouco compreendidos por homens e mulheres. Diferenças entre homens e mulheres existem do ponto de vista físico – entre outros aspectos – à formação do cérebro, características do sangue (número de glóbulos vermelhos) e aparência (altura, peso, músculos, distribuição de gordura, etc.). As diferenças cumprem função essencial em relação ao progresso que se realiza em uma determinada existência.
Movidas a hormônios
É nítido que as mulheres sofrem mais com os hormônios quando comparadas aos homens. E algumas mulheres são mais suscetíveis às oscilações hormonais fisiológicas do que outras. Nem sempre precisa haver uma detecção de um nível hormonal alterado para se ter alterações emocionais e comportamentais decorrentes. Basta uma vulnerabilidade maior às variações normais de tais hormônios, incluindo períodos como o pré-menstrual, pós-parto e perimenopausa. A relação entre o emocional e a secreção dos hormônios femininos é interessante.
Os hormônios e suas respectivas variações em períodos críticos do ciclo reprodutivo feminino podem contribuir para o desencadeamento de transtornos depressivos e ansiosos em mulheres, bem como o humor, o comportamento feminino e até mesmo algumas doenças clínicas sofrem influências significativas das peculiaridades do ciclo reprodutivo feminino.
Tratamento especializado
Pacientes obesas, diabéticas, hipertensas, com hipotireoidismo e doenças ginecológicas como a síndrome dos ovários policísticos e a endometriose, por exemplo, apresentam sintomas psíquicos, como ansiedade e depressão, com bastante frequência, além dos vários sintomas e sinais físicos significativos. A melhor forma de abordagem de tais quadros clínicos é o trabalho multiprofissional.
Sem neuras
Em nossa clínica, os transtornos mentais e as doenças psiquiátricas, principalmente relacionadas à mulher, são tratados por especialista pós-graduado em psiquiatria feminina. Os homens são bem-vindos também ao consultório.
Diante dos diversos papéis sociais que a mulher desempenha na sociedade atual, cercada de cobranças, medos e mitos, temores do envelhecimento, da perda da libido e da beleza, do risco de envolvimento dos filhos com drogas e violência, do fim dos casamentos felizes, da falta de sentimento e respeito por parte dos companheiros e das amizades frívolas, da concorrência profissional, são necessários atendimentos cada vez mais especializados para que, com seu mundo interno reestruturado e fortalecido supere, com vantagem, eventuais declínios fisiológicos normais. Fortalecidas, que não se enquadrem em neuroses da modernidade, como a eterna juventude inalcançável e protótipos de felicidade artificial, construídos em pilares humanos frágeis e voláteis que só geram angústias e perdas irreversíveis.
Fonte: www.psiquiatriadamulher.com.br