por Joel Rennó Jr.
Resposta: Do latim ANXIETATE, ansiedade tem várias definições nos dicionários não técnicos: aflição, angústia, perturbação do espírito causada pela incerteza, relação com qualquer contexto de perigo.
Levando-se em conta o aspecto técnico, devemos entender ansiedade como um fenômeno animal que ora nos beneficia ora nos prejudica, dependendo de sua circunstancialidade ou intensidade, podendo tornar-se patológica, isto é; prejudicial ao nosso funcionamento psíquico(mental) e somático(corporal). O grau de incapacitação e prejuízo, em diversos níveis das vidas das pessoas, precisam ser analisados pormenorizadamente.
Portanto, a ansiedade pode ser um sintoma presente em um determinado momento de nossas vidas, ou então, ser incluída num grupo de transtornos, denominados transtornos ansiosos.
Quando é feito um diagnóstico (por um psiquiatra) de transtorno ansioso como pânico, agorafobia, fobia social, transtorno obsessivo-compulsivo, ansiedade generalizada e outros tipos de fobias, o tratamento requer uso de medicamento (antidepressivo e/ou ansiolítico) e psicoterapia, principalmente, a psicoterapia cognitivo-comportamental (para mais explicações leiam outros artigos sobre o tema no Vya Estelar clicando na busca). "Curar" aqui significa devolver ao indivíduo sofredor sua qualidade de vida, com funcionamento normal em todas as suas atividades e funções (sociais, profissionais e familiares) diárias.
Quando a ansiedade é apenas um sintoma e não um transtorno em si vale a pena ensinar técnicas cognitivas e comportamentais de controle do nível da mesma. Atividades físicas aeróbicas, yoga, meditação, acupuntura e técnicas de relaxamento corporal sérias são bons coadjuvantes em casos leves e moderados de ansiedade.
Por fim, quero deixar claro que independemente da presença ou não de situações estressoras, o indivíduo pode ter sintomas ansiosos. A investigação clinica deve ser realizada, em primeiro lugar, com cuidado, para descartarmos causas orgânicas como o hipertireoidismo, por exemplo.
Causas
Vários fatores podem ser responsáveis pela ansiedade, como situações ambientais negativas, rígidas e repressoras, vínculos familiares empobrecidos desde a infância, estrutura de personalidade do indivíduo, presença de distúrbios de humor concomitantes, alterações do sono significativas e constantes, fatores genéticos ou hereditários, além da presença de estressores psicossociais não controláveis ou gerenciáveis pelas pessoas no dia-a-dia supercompetitivo e agressivo do mundo capitalista opressor e recheados de metas a cumprir no curto prazo. Algumas doenças clínicas ou determinados medicamentos também podem levar a sintomas ansiosos concomitantemente.
Na presença de sintomas ansiosos mantidos, você deve sempre procurar ajuda médica (com clínico para descartar doença física), psiquiátrica e psicológica. Quanto mais precoce o diagnóstico e tratamento, melhores serão os resultados. Os pais e professores devem estar atentos às atitudes e comportamentos das crianças, já que muitos quadros clínicos iniciam-se desde os primórdios da infância.
Atenção!
As respostas do profissional desta coluna não substituem uma consulta ou acompanhamento de um profissional de psiquiatria e não se caracterizam como sendo um atendimento